Evocação

Autora: Marcia Kupstas
Editora: Ática 
Publicado em 2012 
N° de páginas: 160 


Concluí a leitura à noite. Na verdade eu peguei para ler tem 'um certo tempo', mas outras atropelam e tem o trabalho. Resolvendo pegar físicos e descansar de telas, reencontrei este entre outros e não resisti! Rs. A autora diz ter se inspirado em Henry James e cita inicialmente Mario Quintana: 
"Tudo o que acontece é natural - inclusive o sobrenatural".

Aqui temos a Magda, nomeada assim em homenagem à avó, a dra. Magdalena, contando o ocorrido seis anos antes, quando tinha apenas quinze, como uma forma de... "expiação"?!?... 

Magda, a irmã Magali, a avó e primos sempre passavam as férias de julho em alguma casa alugada em praia... Sempre uma praia diferente! Neste ano em que ela relata acontecimentos, os primos Jackie (Jaqueline) e Lucas foram junto, levando a filha de amiga dos pais, a Bárbara. Esta última é um tanto chata, reclamona, fútil, egoísta... E irrita a Magda o fato do primo estar babando e fazendo tudo por ela. Yep, começa com um ciuminho básico. 

A dra. Magdalena tem uma orientanda e, ao passarem pelo cemitério local, em um morro a caminho de uma praia historicamente quilombola que vão conhecer, para o carro para visitar e tirar fotos para enviar para ela. Os túmulos, o que é levado e deixado neles... Em uma atitude desrespeitosa, a Bárbara pega um santinho de barro de um deles. A vovó briga ao saber o que fez e, antes de partirem, manda ela devolver! Lucas a acompanha. Ao regressarem ele está meio vermelho e ela mostra sinal algum de nada! Partem.

Pois, adivinha o que retorna para a casa onde estão nas férias? Isso!

Na cidade está tendo bingo, parte das festividades da quermesse, e a dona Magdalena nos mostra ser uma viciada em jogos de azar! Rs. Compra cartelas e cartelas e... todas as noites - ou quase todas - ela parte, deixando a galera em casa, trancadinha, quietinha... mas não tanto, porque a Magda e a Magali inventam de jogar Ouija para "tirar uma" com primos e, principalmente (para a Magda), com a Bárbara. Ela não aguenta mais a garota ronronando para o primo, enrolando... Uma noite, ok. Duas, histórias sendo inventadas... tá! Até que em uma dessas noites é "exigido que seja devolvido algo que foi pego". Hmmm...

Bom, como sabem, brincar com o desconhecido não proporciona bons resultados. Desrespeito também não. Invejas e negatividade atrai e há mais, e bem próximo, que deixarei que leiam e descubram, claro. Além da casa principal, próxima a praia, há uma edícula. Sentimentos, palavras, incredibilidade da adulta, que resolve tratar como um estudo da orientanda... Fantasma? Poltergeist? Brincadeira? Até que ponto a narradora-personagem vai, foi? Alucinação? Loucura? Reações?!?...

Conheço quem tenha participado da "brincadeira do copo"... Brincadeira? Existe o que se convida? O que acredita? E se, ao receber convite, ficar o "passe livre"? Como naquela frase: 

"¡Yo no credo en las brujas, pero que las há, há!"

Acreditas?
No quê?


Um abraço, 
convido à leitura,
Carolina

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