Mulher-Maravilha: Sementes da Guerra

Autora: Leigh Bardugo
(Wonder Woman: Warbringer)
Lendas da DC, #1.
Editora: Arqueiro
Publicado em: 2017
N° de páginas: 400

“Antes de se tornar a Mulher-Maravilha, ela era apenas Diana.
Filha da deusa Hipólita, Diana deseja apenas se afirmar entre suas irmãs guerreiras de Temiscira, a ilha das amazonas. Mas quando a oportunidade finalmente chega, ela joga fora sua chance de glória ao quebrar uma lei da ilha para salvar Alia Keralis, uma simples mortal, de um naufrágio.
No entanto, Alia está longe de ser uma garota comum. Ela é uma Semente da Guerra, descendente direta da Helena de Troia e destinada a trazer uma era de derramamento de sangue. Com um ato de coragem, portanto, Diana pode ter condenado o mundo inteiro à destruição.
Para deter a maldição, Diana e Alia precisarão forjar uma aliança, levar suas habilidades ao limite e enfrentar exércitos mortais e divinos. Se elas guardam alguma esperança de salvar seus dois mundos, terão que permanecer juntas quando a guerra enfim alcançá-las.
É hora de Diana dar seu primeiro passo como a maior heroína que o mundo já viu.”
_______________________________
“Se você precisa parar um asteroide, você chama o Superman. Se você deseja resolver um mistério, você chama o Batman. Mas se você quer acabar com uma guerra, você chama a Mulher-Maravilha!”– Gail Simone, roteirista da DC Comics

Quando dei por mim já passava das 5 a.m., o sol nascia, e eu não tinha dormido ainda!

Diana nunca tinha saído da ilha. Estava ansiosa por se mostrar merecedora de seu lugar junto às amazonas e deixar de ser vista apenas como a princesa, filha da rainha Hipólita. Ela se inscreve, então, na competição de corrida que abre os Jogos Nemeus. “Não se entra em uma corrida para perder”, a voz da mãe ecoa em seus pensamentos.

Uma adolescente tentando mostrar suas capacidades, conquistar seu lugar...  Encontra outra adolescente, tentando não se afogar – única sobrevivente. O Oráculo lhe diz o que precisa ser dito ao ser consultado devido aos distúrbios que começam a ocorrer na ilha, que perecerá – bem como suas habitantes, enquanto a Alia estiver lá e viva. Haptandra. Alia também morrerá, envenenada pela ilha.

Helena de Troia, por Gaston Bussiere
Alia Keralis, filha dos bioengenheiros Nik e Lina, e irmã do Jason, é descendente da Helena, descendente da Nêmesis, deusa da retribuição divina, e carrega uma maldição que culmina na chegada dos 17 anos. Para ser “purificada” necessita ir para a Grécia, nascente de Terapne, no Golfo da Lacônia, antes do primeiro pôr do sol de Hecatombaion, onde Helena descansa, “expurgada da mácula da morte que manchou sua linhagem desde o início” (p.52)

Ela é uma nerd bem “na dela”, Nim é a sua melhor amiga; Theo é o “paquera”-melhor-amigo-do-irmão dela. Ela se assusta com a Diana, uma garota de 1,80 e deslumbrante; gigantesca, forte... Não acredita de início no que ouve. Lembra-se do irmão dizendo que eles eram um alvo devido à Fundação que os pais criaram – pais que morreram em um “acidente” anos atrás.

A jornada se inicia. Empecilhos... Ataques... Laços são criados e um pacto é feito:
“Irmã na batalha, sou seu escudo e sua lâmina. Enquanto respiro, seus inimigos não têm refúgio. Enquanto vivo, sua causa é minha causa.” – p.194
Amizade. Companheirismo. Traição. Destruição. O homem sequer precisa de gatilhos para acabar consigo e com o outro, para causar caos, guerra, discórdia... O poder sobe à cabeça e, quanto mais se tem, mais se quer. Acredita ser superior ao outro independente de genética ou antepassados heroicos.

A jornada progride, há intervenções... Deimos, Fobos, Éris... Deuses, criaturas... Momentos de trégua, promessa de bonança não cumprida. “Molon labe”! (“Venha pegar”!) – Nim, perspicácia; Theo, resiliência; Alia, bravura. Os dois primeiros tornam-se “soldados” da Diana, guerreiros... A última, mão da guerra... Irmã de batalha... Amiga.

Interessante, sempre que a Diana precisava encorajar alguém, lembrava algo de si, um exemplo, uma imagem... auto encorajando-se também. Perseverança. Força física, sim, mas força interna. Não foi à toa que devorei. A parte mitológica sempre me fascinou, uma “jornada do herói” bem escrita. Diana cresce, supera inseguranças, torna-se uma Amazona. Encontra a si, a sua força.

“... o coração pleno de alegria. Não sabia o que o futuro guardava. Sabia apenas que o mundo, cheio de perigos, desafios e maravilhas, estava esperando para ser descoberto.” – p.381
Leitura prazerosa, surpreendente em momentos certos... Mal posso aguardar demais livros! Já foi lançado Batman (escrito pela Marie Lu) e terá o da Mulher-Gato (escrito pela Sarah J. Maas) e o do Superman (Matt de la Peña). 



Um abraço,
Carolina.




_________________________


Nenhum comentário