Herdeiro do mistério

Autoria: Philip Ardagh
Aventuras improváveis, 2
Editora: Record
Publicado em 2006


Sempre há projetos para ler os livros "mais antigos nas prateleiras", o que algumas pessoas chamam de "encalhados". Este ano fui inspirada pela A. e F., que dizem o que a outra deve ler dentre seus antigos e resolvi pegar dos meus. Bom, iniciei janeiro com A bolsa amarela, premiado livro da Lygia Bojunga Nunes (ed.2002). Fevereiro trouxe O pagador de promessas (ed.2003). Em março li A queda de Fergal, o primeiro livro das Aventuras improváveis (ed.2005) e, agora em abril, Herdeiro do mistério, o livro dois da trilogia (ed.2006). 

Já comentei algumas vezes (quando falei de alguns livros das Desventuras em série, tenho certeza que sim! E em outras leituras com narradores que fazem comentários direcionados a gente, como se conversassem, dessem conselhos... de acordo com a estória do livro), gosto do humor de alguns narradores e este aqui, indubitavelmente, faz das suas! Rs. Ele para para refletir sobre algo, ir ali e voltar... Kkkk!

"É em ocasiões assim que eu gosto de lembrar como tenho sorte. Acho que vou dar um pulinho lá embaixo e dizer aos gatos como eu gosto deles.
(Voltei. Encontrei minha mulher na escada e pensei como poderia dizer a ela como a amo, também. Bom, exatamente onde é que eu estava? Ah, sim...)" - p.88

Isso ocorre quando os irmãos do Fergal doam as roupas de segunda mão dele para o amigo da Le Fay, o João, que é paupérrimo, bem mais pobre que eles! (Lembram que o Fergal caiu no primeiro livro pela janela do quarto de hotel que os irmãos estavam, o da Le Fay, pelo concurso de digitação, não?)

Pois, o cérebro do Fergal, retirado durante a autópsia, foi roubado pelo Tampinha, ajudante do sr. Maggs (um cara muito doido e um tanto megalomaníaco que carrega um urso o tempo todo), que precisava de um cérebro para reanimar o herdeiro da casa abandonada na floresta Espinha-de-Peixe para obter sua fortuna, já que não tinha deixado herdeiros. Ele precisa dos fundos para usar em seus planos. Nem comentarei a lista dele - ao ler verão que lhe faltam diversos parafusos!! 

Lembram que a Colette se transforma em um coiote? Parece que herdaram da mãe "dons", cada um saberá o seu a medida que cresce. A mãe, apesar de falecida, entrou em contato avisando que precisavam recuperar o cérebro do Fergal. Como o narrador faz questão de lembrar ter mencionado desde o primeiro livro, moram em lugar que não se sabe onde, provavelmente outro mundo - quem sabe? - Um mundo onde buracos aparecerem de repente, de lugar algum, algo como terremotos aqui na Terra, onde as placas tectônicas se movem. 

Menciono porque outro buraco ocorrerá do nada, dessa vez não na estrada, mas na floresta. Aliás, todos a temem! As crianças entraram apenas para reaver o cérebro do irmão. E o conseguirão, mas não como poderíamos vir a pensar! Kkkkk! Não falarei como! Hahah! 

Gostei e pretendo ler o próximo mas... apenas após a Bienal do Livro da Bahia.
Antes e durante tenho muito a ler! (26 de abril - 1º de maio)


Um abraço, 
Carolina.


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