A bolsa amarela

Autoria: Lygia Bojunga Nunes 
Biblioteca em minha casa, novela, vol.3 
Editora: Objetiva 
Publicado em 2002 
No. de páginas: 104 


Sempre há projetos de leitura de livros a ler "já há algum tempo". Ok, chamam geralmente de "encalhados" mas não gosto de chamar assim porque se eles estão conosco é porque ainda queremos ler eles, apenas não tivemos tempo, já que sempre somamos outros e outros à crescente lista e pelo dia ter apenas 24 horas. Pena, não é mesmo?!?... Rsrsrs.

Teve o projeto da querida Aurilene no ano passado e, neste ano, a Dri e a Fa resolveram trocar cartas com títulos de livros que a outra tem e ainda não leu para que seja feito, um por mês. Não estou trocando cartas com alguém que me indique entre meus livros a ler, um, mas resolvi pegar um para "riscar da longa lista"! Tá, muito looonga! Hahah! 

Este livro já foi muito premiado! Li da autora dois enquanto criança os quais guardo até hoje: A casa da madrinha e Os colegas. A edição que peguei para ler foi uma que me foi dada por diretor que sabia que eu estimulava a leitura e emprestava livros para estudantes em 2003-5 do colégio - ele sabia que leria e doaria, passaria adiante. E o farei agora que já li. Os outros que recebi já foram (emprestados, doados...), faltam este e o que lerei em fevereiro.

Raquel tem três vontades: crescer de vez, ter nascido menino, e escrever.
Ela "se sente sobrando", questiona-se sobre o porquê de ter nascido... Ela tem irmãs/o mais velhos... Certa vez, quando a tia Brunilda (tem dinheiro) enviou coisas para eles, pela primeira vez!, ela ficou com algo (porque as demais não queriam, mas ok): a bolsa amarela. É nela que passa a guardar tudo!

Galo, guarda-chuva, alfinete, nomes que colecionava... Cada um tem a sua estória e uma razão para ficar com ela, na bolsa amarela. Ela é a menor e não vê ter direito a nada por ser pequena ainda; pior, por ser menina... modo de andar e sentar, por exemplo. E aquele papo de "estar ficando mocinha?!?... Mas ainda não pode opinar, por ser criança! E escrever... Ah, liberdade! 

A história ressalta a importância dos pensamentos, das ideias, de defender o que acredita. Exato, é uma estória muito bonita! E muito premiada também. Ignorar alguém por "rótulos engessados", negar o que se passa por dentro, é castrante (sim, usei a imaginação e juntei palavras - licença! Rs)! Lembrei agora de Nietzsche: "Eu sou alguém e, sobretudo, não me confundais com os outros!" 

Creio que todas as pessoas devessem ler em algum momento este livro, sonhar, imaginar, concordar, discordar... E eu te convido! 


Um abraço,
Carolina. 

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