A queda de Fergal


Autoria: Philip Ardagh
Aventuras Improváveis, 1
Editora: Record
Publicado em 2005
No. de páginas: 140 


Retornando com o projeto de leitura de livros a ler "já há algum tempo"... Lembram que falei quando escrevi sobre A bolsa amarela e O pagador de promessas? (Postei no instagram também.) Pois, não estou trocando cartas com quem me indique como a Dri e a Fa, mas pego um e "risco da longa lista" - da muuuito looonga lista. Em março peguei este. 

Rufus McNally, ex-capitão da marinha, mudou após acidente que lhe privou de uma das pernas. Ele é o pai da Colette, da Le Fay, dos gêmeos Albie e Jô, e do Fergal. Ele se entregou à bebida e recebeu, até, atestado médico que dizia estar "licenciado da paternidade"! (Existe Licença-paternidade, são cinco dias, mas estar licenciado dela é absurdo! Anyway...)

É a mais velha, Colette, quem toma conta dos irmãos. E a Le Fay adentrou um concurso de digitação, tendo vencido as etapas municipal e estadual. Agora é a final de todo o país, que disputa com outros três finalistas. Obviamente, nada disseram ao Rufus, mas Colette conseguiu duas passagens de ônibus, a da Le Fay era por conta da Dedos Destros, patrocinadora do concurso. O Fergus, miúdo, foi vestido de bebê e carregado pela mais velha dos McNally e os gêmeos trocavam de lugar de tempos em tempos, passando por um.

Miúdos, mirrados, maltrapilhos, famintos... mas inteligentes e unidos, vão encontrar a finalista no Hotel, onde entrarão sem registro, para ficarem juntos no quarto da Le Fay. Não me delongarei, é uma leitura rápida. O narrador não é um dos personagens, mas parece saber bem sobre o que fala. Por vezes se adianta um pouquinho e retorna, o que "quebra" a "monotonia linear" - rsrskkkk! 

Não se tratam de contraventores, apenas não tem condições e querem dar apoio a irmã! Há adultos que percebem uma coisa e outra, mas que observam o contexto e os corações, e fingem não terem visto. Um dia "de luxo"! Comem. Dormem, pela primeira vez, bem. Não querem atrapalhar, e orgulham-se da irmã que chegou a final! Há o infortúnio, decerto. Sofrem perda... Mas há quem acorde de looongo "coma", retorne a realidade para a próxima - que, segundo narrador, já está sendo escrita.
(O livro dois é publicado no ano seguinte, 2006.)

Foi interessante observar que ainda há, mesmo que rara, gentileza; triste encontrar quem se vanglorie, creia ser melhor, humilhe e tente tirar vantagem por ter recursos. Infelizmente, não apenas na ficção: em diversas localidades, na realidade, ocorre. É, como disse no insta outro dia, tem gente que vê concorrência onde não existe. [Fazer o quê?!?] Sério! Cheguei a questionar profissional que avalia/trata de questões... Há. Na cabeça de quem está competindo sem concorrente, porém, há. [Eh, né?!]

Vamos fazer cada um a nossa parte. 
Observar? Pode ser. Mas sem criar concorrência. 
- Lembra o bate-papo em que falei que a curiosidade nas leituras alheias é saudável, 
pode nos inspirar a pegar para ler também, mas não julgar ter lido mais, menos, 
ou tipo de texto alheio? Então. Sem concorrência. 
Faça/Leia sua parte/o que quiser! 
Eu condeno - a mim! (Eu posso! Rs.) Contudo, não condeno você! 😉


Um abraço
(grande como o buraco da estrada),
Carolina.

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