Hannibal: a origem do mal

Autor: Thomas Harris 
Editora: BestBolso 
Publicado em 2015 
N° de páginas: 256 


Palácio da memória. 
(Lembrei do Patrick Jane, The mentalist.)

"(os) Espaços dedicados aos primeiros anos de Hannibal Lecter (no palácio da memória dele) diferem de outros arquivos por estarem incompletos. Alguns são cenas estáticas, fragmentadas (...). Súplicas e gritos preenchem alguns lugares nos terrenos aonde o próprio Hannibal não pode ir. Mas os corredores não ecoam os gritos (...)". 

Hannibal era um menino inteligente, o 4° na família com este nome, desde o "Terrível", quem construiu o castelo Lecter, seu antepassado. Um menino sensível e amoroso, a velocidade do seu aprendizado fez com que o pai buscasse um tutor mais... Bem, mais! Rs. Para seu filho. A dedicação e amor para com Mischa, sua irmãzinha, totalmente linda e indubitável! 

Uma das falas do seu tutor, o sr. Jakov, que destaquei diz muito. A didática entre eles, conversas enquanto caminham...
"Toda pessoa merece o nosso tempo, Hannibal. Se à primeira vista a pessoa parece tacanha, então olhe com mais empenho, olhe dentro dela."
E ele presta atenção. Mas a guerra vem. A SS e os aspirantes a adentrar nela, a se tornar soldados, aqueles que mataram e saquearam pelos senhores nazistas, os Osttruppen. Homens que mudam de lado conforme a ocasião, estando apenas ao lado de si mesmos. Hannibal vê todos aqueles com quem conviveu mortos. Os cuidadosos criados, os pais amorosos... Ele e Mischa, a quem protegeu o máximo que pôde.

Ele perde a todos, em dado momento perde a consciência, sendo resgatado anos depois. Perde a voz. Há nada físico que o impeça, mas apenas durante os pesadelos ela sai, em gritos: MISCHA!!! Seu palácio, fragmentos... Ele fica em orfanato instalado onde morou com a sua família. É resgatado pelo tio, conhece a Lady Murazaki, companheira do tio. Recomeça sua instrução com os livros, aprende costumes... Reencontra sua voz quando sua lady é agredida na feira.

Ele defende os mais indefesos dos bullies, desde o orfanato, e defenderia Murazaki! Seu tio falece e perdem o castelo dele, indo para a cidade. Ele já tinha sua primeira morte. E teria muitas outras a partir dali. Estuda medicina, é o melhor aluno, não tem mais o dinheiro de família, desenha para conseguir fundos. Estagia por bolsa. E descobre um composto que estimula em uma execução onde aguarda corpo para levar para a faculdade. Usa em si. Precisa lembrar do ocorrido com Mischa.

Obviamente me conterei. Há um policial, Popil, que se interessa pelo Lecter desde a primeira vez que matou, desde o carniceiro, e se interessa pela Lady Murazaki, embora seja casado e não... Gosta de ver e conversar com ela. Ele fica de olho... 
"Não quero uma condenação, quero que seja declarado insano. (...) O garotinho Hannibal morreu em 1945 lá na neve, tentando salvar sua irmã. Seu coração morreu com Mischa."
Será? Creio que não exatamente. Ele tem um autocontrole absurdo, não demonstra em sua fisionomia ou, até, nos batimentos cardíacos. Passa em polígrafo facilmente! Mas ele tem, senão "sentimentos", "prioridades eleitas". Não expressa de maneira comum. Mas os detalhes... Ele preza a beleza, o que toma como correto... O que passou o modificou totalmente, tornou-o complexo... Tinha que se tornar um psiquiatra e ser um dos melhores, certo?!?... 


Um abraço, 
Carolina.

2 comentários

  1. Olá Carol,
    Já tinha visto esse livro mas nunca tinha tido a curiosidade de ler nada sobre. Mas adorei sua resenha, conhecer mais do Hannibal e as tragédias de sua vida.

    Beijo!
    www.amorpelaspaginas.com

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    1. Hannibal era muito inteligente e o que passou o tornou bem complexo!... Falta eu ler o livro Dragão Vermelho, que tenho aqui. Rs.

      Obrigada!
      ;*

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