Editora: Universo dos Livros
Publicado em 2019
N° de páginas: 464
Lembro de ter comprado este livro um mês ou dois depois do seu lançamento, após ler a contracapa:
"Ela tentou se adequar aos padrões. Tentou viver de acordo com as expectativas de sua mãe. Tentou ser doce e bonita. Um por um, ela cortou os pedaços de si mesma a fim de sobreviver em um mundo que não valoriza garotas como ela."
Isabelle de la Paumé.
Então, li a orelha... Nem sei descrever ao certo o que senti... "tudo o que desejara, tudo o que amara... sempre foram as coisas erradas." - Não foi nesse dia que o trouxe comigo. Devolvi o exemplar à prateleira, mas regressei por ele depois.
"Eu tenho valor. Não tenho?"
TEM. Tod@s temos! Chance confrontará Fate por isso!
(Claro, esse "trocadilho" só descobri ao pegar para ler. Personagens com nomes que dizem mais...) Mas retornemos antes que o encanto passe! ;-)
Acredita que estou me delongando... Jamais conseguirei expressar tudo - foram várias as marcações! Mas conheci, como disse, as Fate (são três: uma jovem, uma adulta e uma senhora), responsáveis pela feitura de mapas, e o Marquês de la Chance (sorte, risco, perigo... acaso).
"Mortais não gostam de incertezas, não gostam de mudanças. Mudar é assustador. Mudar é doloroso." - p.13
Fate, sobrenome das mulheres = Destino, em inglês.
Chance... pode ser cognata, =, ... e +! (procure ;D)
A mãe é quem ordena as mutilações. Uma moça tem que ter um bom casamento - e o príncipe da França, imagine?!... Não "presenciamos" o corte no calcanhar da Tavi, mas o dos dedos da Izzy, com uma lâmina tirada do fogo, para cauterizar. Izzy questiona, a mãe rebate e repete que faça! Ela o faz...
"Isabelle conseguia fazer o impossível porque ela tinha um dom - um dom que era muito mais valioso do que um rosto bonito ou pés delicados.
Isabelle tinha uma determinação inabalável."
Para uma garota de dezesseis anos, naquele tempo, uma garota determinada acabaria mal, diziam. E Chance contava com esse dom e outros: a coragem dela entre eles. É necessária, indispensável! Fazer o seu próprio destino quando a tinta está já seca, o caminho traçado, no seu mapa.
Porém não são apenas a velha Fate com "seu corvo"/sua serviçal e o Chance com sua trupe que se aproximam do povoado de Saint-Michel: Volkmar e seu exército também o fazem, deixando rastro de sangue, morte. E há desertores, traidores...
Conhecemos a Tanaquill. "Seu coração me invocou." "O que resta dele." (E lembramos de Lúcifer, o do seriado, claro: Qual é o seu maior desejo? O seu desejo mais profundo?...) Tanaquill é a Rainha das Fadas! Foi ela quem ajudou Ella. Todavia, corações diferentes batem diferente... E o da Izzy está quebrado e com amargura e...
"Encontre os pedaços perdidos do seu coração."
Muito poderia ter sido diferente... E, lendo, senti algo que se confirmou duas páginas depois (não contarei ou perderá a graça quando for ler!), precisando seguir para compreender as motivações. Há muitas marcações feitas..! As meia-irmãs são sempre lembradas que são mulheres/garotas e que não deveriam... Deveriam ser o que era esperado?...
"É isso que fazemos com nossa dor. Nós a transformamos em algo belo, significativo, que tenha importância." - companhias de Chance: mágica, diva e atriz.
A beleza ou falta dela se opera consoante os olhos que observam... E há tantas belezas diferentes! Hugo sente medo dela... Assombro. Félix tem por ela não somente uma enorme admiração...
"Nunca dê ouvidos a pessoas desalmadas."
E nunca se esqueça que:
"Existe magia neste mundo triste e complicado. Uma magia mais poderosa que o destino, mais poderosa que o acaso. E ela se encontra no mais improvável dos lugares."
Um abraço,
Carolina.
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