O pistoleiro - A Torre Negra, 1

Autor: Stephen King
Título original: The gunslinger
Editora: Suma de Letras
Publicado em 2004
N° de páginas: 221

“Em O pistoleiro, o leitor é apresentado a Roland Deschain, último descendente do clã de Gilead, e derradeiro representante de uma linhagem de implacáveis pistoleiros desaparecida desde que o Mundo Médio onde viviam “seguiu adiante”. Para evitar a completa destruição desse mundo já vazio e moribundo, Roland precisa alcançar a Torre Negra, eixo do qual depende todo o tempo e todo o espaço, e sua verdadeira obsessão, sua única razão de viver.
O pistoleiro acredita que um misterioso personagem, a quem se refere como o Homem de Preto, conhece e pode revelar segredos capazes de ajudá-lo em sua busca pela Torre Negra, e por isso o persegue sem descanso.
Pelo caminho, encontra pessoas que pertencem a seu ka-tet – ou seja, cujo destino está irremediavelmente ligado ao dele. Entre eles estão Alice, uma mulher que Roland encontra na desolada cidade de Tull, e Jake Chambers, um menino que foi transportado para o mundo de Roland depois de morrer em circunstâncias trágicas na Nova York de 1977. Mas a aventura se estenderá para outros lugares muito além do Mundo Médio, levando Roland a realidades que ele jamais sonhara existir.”


Busca. Desconhecido. Tempo. Espaço...

Roland atrás do “Homem de Preto” ou de respostas?

A narrativa não é linear no tempo. Lembranças, idas e vindas...

Como geralmente faço, assisti primeiramente a adaptação cinematográfica e, então, ao sair da sala do cinema, desci para a livraria. Sei que há quem prefira ler primeiro, mas quando o fiz, uma vez, fiquei o filme inteiro com raiva... “Gastei dinheiro para isso?!?...” – kkkkk! Daí agora eu assistir, sem expectativas e, então, ler o livro. 

- - - Contém spoilers - - -


Deserto. Infindo, em todas as direções.

Brown, Zoltan, e história da chegada e partida do Pistoleiro da cidade de Tull: 39 homens, 14 mulheres e 05 crianças. (Será que inclui o homem revivido, o Nort, pelo Homem de Preto?...)

“ - Ele é um bruxo, não é?
  - Entre outras coisas.” – p.34

Armadilhas... sempre armadilhas! Sabemos um pouco enquanto o Pistoleiro conversa com Brown, com a Allie, com o Jake... Em todos os lugares onde ele para, o “bruxo” esteve antes. Para a Allie, uma armadilha foi colocada na sua curiosidade, para com o Nort, com o número 19.

“Se tem amor à sua sanidade, jamais pense em pronunciar a palavra na frente do Nort...” – p.60

(O bilhete do Homem de Preto endereçado a ela disse que o Nort falaria o que existe além, o que viu enquanto morto, e que saber iria enlouquecê-la. Bastava que dissesse “dezenove” para ele.)

Há uma lembrança de algo que o Pistoleiro não revela abertamente, sabemos apenas que houve uma Susan, em Mejis (saberemos em outro livro da série? Rs)ō . Alguns dias na cidade se passam relativamente tranquilos, até ir visitar a pregadora louca que recebeu o “bruxo”, Sylvia Pittston, e toda a cidade é atiçada contra o Roland, o forasteiro... 58 corpos permaneceram em Tull.

Deserto, sempre deserto. Seguindo para o Sudeste... Insolação. Um celeiro, uma cabana... E Jake Chambers, que de nada se lembra. Um garoto. Hipnotizado pelo Pistoleiro, fala sobre a vida que teve, do atropelamento, da sua morte, e do “padre” (Homem de Preto) de quem não tinha gostado... Acordou lá. Roland dá a opção e o Jake escolhe: não quer se lembrar ao acordar. A cidade descrita, onde Jake morava, era totalmente desconhecida pelo Pistoleiro, mas gosta do menino.

Jake parte com ele. Trouxas, comida enlatada estocada em alçapão é pega e gemidos são ouvidos através da parede, na Fala Superior. A voz, da Allie.  Armadilha? 

“Que armadilha, afinal, poderia se equiparar à do afeto?” – p.107

Andam e andam.

Pistoleiro sempre com lembranças! Tempo de aprendiz, amizade (com o Cuthbert), ocorridos na cidade natal, traição... O tempo com o pai (Steven Deschain), a mãe...

Em um sonho, Susan Delgado, a bruxa de Rhea, grita “O garoto!” e Roland acorda, procurando-o. Encontra, leva-o de volta ao acampamento – estava em estado de transe, posto por uma súcubo. No dia seguinte o Pistoleiro retorna sozinho ao local no qual encontrou o Jake.

“Faça a sua profecia – ele disse. – Diga o que preciso saber.” – p.140

Sim, o três é místico. O três fica no centro de sua busca. Outro número vem mais tarde. Agora é o número três. (...) O garoto é a sua porta para o homem de preto. O homem de preto é sua porta para os três. Os três são seu caminho para a Torre Negra.” – p.142

Perseguição. Fragmentos de um quebra-cabeça... Silêncios.
Jornada. Quando finalmente alcança o Homem de Preto, o que assinou como “Walter das Sombras” no bilhete para a Alice, conversam... Não PODE matá-lo.

“Não sou o supremo que você procura, Roland. Sou apenas seu emissário.” – p.207

E, durante um sonho, recebe visão do universo – feito do Homem de Preto.

“O maior mistério que o universo propõe não é a vida, mas é o tamanho. O tamanho contém a vida e a Torre contém o tamanho.” – p.213

Segue-se conversa filosófica, questionamentos... “Confabulam”. O rei do Homem de Preto prolongará a noite por muito tempo, até que tenham concluído. (Chamam-no de Legião.) Confabulam e confabulam... E o Pistoleiro acorda da prolongada noite, que teve duração de dez anos.

Deve seguir para o Oeste, para o mar...

Não é à toa que o King, na sua introdução, escreveu que:

“Os livros da Torre Negra, como a maioria dos escritos por homens e mulheres da minha geração (...), tiveram suas raízes nos de Tolkien.” – p.9

Afinal, ele criou um mundo o qual descreveu bastante, na intenção de visualizarmos, creio. Portanto, não desanime com isso, apenas entregue-se e veja. 😉

O próprio Homem de Preto disse ser o término do início da jornada do Pistoleiro. Mundo/s, questionamentos, looonnga jornada, almejando a Torre Negra... Preciso obter os próximos volumes, no total sete:

1 – O pistoleiro
2 – A escolha dos três
3 – As terras devastadas
4 – Mago e vidro
5 – Lobos de Calla
6 – Canção de Susannah
7 – A Torre Negra
* O vento pela fechadura (entre 4&5)

(Para variar, o filme diferiu muito do livro!... Só eu lendo os demais volumes para ter a real dimensão do quanto. )


Um abraço,
Carolina.

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