Estrelas perdidas

Autor: Claudia Gray
Editora: Seguinte
Publicado em 2015
N° de páginas: 488

"Ciena Ree e Thane Kyrell se conheceram na infância e cresceram com o mesmo sonho: pilotar as naves do Império, cujo poder sobre a galáxia aumentava a cada dia. (...)   Através dos pontos de vista de Ciena e Thane, você acompanhará os principais acontecimentos desde o surgimento da Rebelião até a queda do Império - como as Batalhas de Yavin, Hoth e Endor - de um jeito absolutamente original e envolvente. O livro relata, ainda, eventos inéditos que se passam depois do episódio VI, O retorno de Jedi, e traz pistas sobre o episódio VII, O despertar da Força!"

Original publicada em outro blog como resenhista convidada.
- Aqui com alguma mudança.


Fiquei sabendo deste livro por meio de um evento de editora a qual admiro, publica livros do universo. Falava de sequências, sem se importar com o fato do livro ter sido publicado por outra que não ela. (Super, não?!)  O filme Star Wars VII: O despertar da Força iria estrear e esse livro daria links, seria interessante lê-lo antes de assistir.

Estrelas Perdidas nos apresenta a Cienna Ree e o Thane Kyrell, habitantes do planeta Jelucan (Orla Exterior), que se conheceram devido a uma paixão em comum: o sonho de pilotar naves do império. Eram crianças quando conheceram o famoso Grão-Moff Tarkin. Apesar das diferenças sociais (ela, do Vale – população pobre e a parte, que tem a honra e o compromisso como atributos essenciais; ele, filho da aristocracia do planeta, “favorecido”), estudam/pilotam juntos durante o restante da infância e adolescência. Tal prática propicia um forte laço entre eles, indispensável para a execução do voo: CONFIANÇA.

Os anos de prática favorecem a entrada de ambos na Royal Imperial Academy em Coruscant e tornam-se pilotos primorosos, dentre os melhores. LP888 e AV547. Apesar do laço deles, há os afazeres após a formação e ela vai para naves maiores (inicialmente designada como tenente para o Destróier Estelar Devastador, dois anos depois, já como capitã-tenente de comando, vai para o Executor), enquanto ele é designado como Piloto de Elite, com a patente de Tenente. Após presenciar a destruição do planeta Alderaan e a escravização dos seus habitantes, AV547 não regressa.



“A vida acontece”,  “segue o curso”. Desencontros…  Reencontros… Inúmeras circunstâncias. De tempos em tempos nos pegamos em situações jamais imaginadas antes. As crenças que nos são passadas, por vezes, dissimulam um algo mais distorcido por nuanças de filosofias diversas impostas já há tanto que se dissolveram e permeiam possíveis realidades. Lados podem ser trocados… Mas, e quando se faz um juramento e, com isso, empenha-se a honra? Pode-se voltar atrás?… Deve-se duvidar do conhecido e vivenciado por quase toda uma vida em prol de algo assimilado apesar de não palpável e salutar?


Questionamentos são traçados e, apesar de absoluta confiança e sentimento compartilhado entre os dois pilotos, os lados opostos não planejados coíbem a continuidade de uma vida em comum. Por maiores dúvidas que se apresentem e obscureçam o discernimento, pondo o senso do cumprimento do dever por parte de um, e a incontestável verdade presenciada por outro, o conhecimento mútuo que dividem impulsiona o cuidado, a contestação da traição, o zelo.


As guerras externas…


As guerras internas…


Qual o vínculo priorizado? Qual o maior compromisso? A quem a lealdade prevalece? Uma mentira disseminada pelo Império o qual serve ou a verdade do sentimento e do senso de justiça?


Há questionamentos aqui lançados os quais apenas a leitura integral da história proporcionará, por maior que seja a sua patente.



 Um abraço, 
Carolina.

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