As vidas de Billy Milligan

Autor: Daniel Keyes 
Tradução: Regiane Winarski 
Editora Aleph 
Publicado em 2024 
N° de páginas: 480 


Certamente difere do filme de 2017 que amei assistir, Fragmentado, embora tenha inspirado a personagem principal. Este livro é biográfico, e a "persona" que surge como a "superior às demais" não se refere a força bruta, a "Fera" do filme do cineasta M. Night Shyamalan, mas ao Professor, que teria consciência de todas as identidades, seria o indivíduo não fragmentado que sequer o Wiliam (Billy) conhece. 

Esta história é difícil... Ela inicia para nós, leitores, em 1977, quando crimes foram cometidos. E não apenas roubo - pior por ser mulher e não querer jamais passar por tal situação: estupro. Ainda, em 77 eram conhecidos apenas dois casos do então chamado "personalidades múltiplas" e nem mesmo a comunidade psiquiátrica tinha domínio ou acreditava que um caso como o do Billy pudesse existir: não duas ou três, mas vinte e quatro.

Será que ele tentava apenas burlar o sistema? Teria o intuito de alegar insanidade, não pagando pelos seus crimes? Pior, algumas "pessoas" entrevistadas pelos advogados do Milligan (Gary Schweickart e Judy Stevenson) mostravam-se genuinamente assustadas... infantis... desconhecedoras do que ocorria. Não eram apenas vozes, mas olhares, fisionomias, características até mesmo físicas, embora no mesmo corpo. A psicóloga que tratou do conhecido caso da Sybila foi contactada, céticos desacreditavam o que viam e ouviam, intrigados e corroborando ser impossível fingir daquela forma!

Ele se assombrou ao saber do ocorrido! Quem poderia ter cometido ato vil como aquele usando o aquele corpo? Uma das regras afixadas pelo Ragen Vadascovinich (protetor da família) e pelo Arthur (rigoroso e conservador) era de não fazer mal a mulheres e crianças.

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