Autora:
Alice Hoffman
Editora:
Bertrand Brasil
Publicado em 2016
N° de páginas: 176“Somente uma amizade verdadeira pode quebrar uma antiga maldição. Quando você acha que sabe o que vai acontecer, o mundo te surpreende. Isso é especialmente verdadeiro em uma cidadezinha no Massachusetts que, segundo os rumores, é o lar de um monstro. Por causa de um segredo de família, a jovem Twig tenta ao máximo ser invisível, mas quando duas meninas, Julia e Agate, se mudam para o chalé ao lado da sua casa, tudo muda. Uma bruxa morou lá, e Twig sempre foi proibida de entrar naquele lugar. Mas Julia pode ser sua primeira amiga de verdade e aliada no plano para quebrar a antiga maldição. Nessa fascinante história, amizade e amor são verdadeiramente mágicos.”
“Pessoas sussurram que
contos de fadas são reais em Berkshire. Duzentos anos atrás, a bruxa de Sidwell
amaldiçoou a nossa família. Mas, neste verão, tudo vai mudar quando a lua
vermelha nascer. É hora de quebrar a maldição.”
É, realmente, encantador!
- - - - - - Spoilers!
Para ser sincera, não
tinha ideia da existência desse livro. Lembrei do quão difícil foi, anos atrás,
empreender a jornada de encontrar um livro para enviar de presente: Da magia à sedução, Alice Hoffman. Como estava na Livraria Cultura,
pedi que olhassem no sistema. Eu já sabia, zerado, esgotado e sem previsão
de reedição. Mas... “Outro da autora foi lançado. A senhora não gostaria de dar
uma olhada?” E a resposta foi SIM.
O livro é narrado pela
Teresa Jane Fowler, a Twig, uma garota de 12 anos que mora na Estrada da Velha
Montanha, em uma fazenda, filha da Sophie e irmã do James, de 16 anos de idade.
Ah, um “detalhe”: as pessoas da cidade desconhecem a existência do James. Eles
vieram de N.Y. quando a mãe teve que assumir a fazenda...
“Ser incomum é algo comum para os Fowler.” – p.9
A mãe tem ótima mão para
cozinhar e suas tortas são vendidas na cidade. A Twig ouviu que se fossem
vendidas no Brooklin teria fila para compra-las! Sophie se distanciou de todos
os amigos da juventude ao regressar... A nossa narradora frequenta a escola da
cidade, mas não tem amigos: faz de tudo para passar despercebida. O James fica
no sótão... Belo e solitário.
Twig ajuda a mãe,
passeia pela floresta, sobe nas árvores... Já foi visitar os ninhos de coruja
com o irmão em uma noite, quando ele pode sair encoberto pela ausência do sol,
com a companhia da lua...
As coisas mudam quando
vizinhos chegam para habitar o Chalé da Pomba da Lamentação. Ela está em uma
árvore quando os avista e cai. A collie (amo essa raça! Tão companheira e
carinhosa!) da família vai até ela, junto com as irmãs Hall. É assim que
conhece a garota que se tornará sua amiga, a Júlia, da sua idade... E a irmã
dela, a linda irmã de 16, Agate. A família a leva para o hospital, para ver o
braço (o pai é médico). Deixam recado na secretária da casa da Teresa para a
mãe dela. Está tudo bem, de verdade! Até a mãe dela chegar no hospital e
descobrir o nome da filha mais velha: Agate Early.
Foi a antepassada
delas... a bruxa de Sidwell... Agnes Early... quem lançou um feitiço no
tataravô da Twig, o Lowell, com quem pretendia se casar...
Uma jornada de amizade,
cumplicidade, investigação... Elas se unem para descobrir como quebrar o
feitiço, compreender o que ocorreu... Afinal, além do James sofrer as consequências
desde seu nascimento, por 16 anos, ele está apaixonado ... pela Agate... que retribui a afeição.
Coragem, esforço,
determinação... Laços. Carinho. Aprendizado. Encontram muito! Inclusive ideia
para tentar ajudar os irmãos. No caminho, a senhora historiadora da biblioteca,
o senhor amigo dela e pesquisador das corujas, o Ian Rose... “Trombam” também
com a superstição da população, que quer caçar o monstro. Twig reencontra um
amigo do início da infância, da escola. Reencontram a alegria.
“Seremos irmãs de alma, então. É mais que ser amiga. Significa que eu jamais vou pensar que ser sua amiga é um engano, nem você. Significa que você não vai tentar adivinhar o que estou pensando. Em vez disso, vai conversar comigo e eu vou conversar com você, e não vamos esconder as coisas uma da outra.” – p.76
Um abraço,
Carolina.
Carolina.
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