Autor: Patrick Ness
Título original: More than this
Editora:
Novo Conceito
Ano de
publicação: 2017
Número
de páginas: 432
Publicado anteriormente em outro blog, como
convidada. Aqui com algumas modificações.
convidada. Aqui com algumas modificações.
“Um garoto se afoga, desesperado e sozinho em seus momentos finais. E morre. Então ele acorda. Nu, ferido e com muita sede, mas vivo.Como pode ser? Que lugar é este, tão estranho e deserto?Enquanto se esforça para compreender a lógica de seu pior pesadelo, o garoto ousa ter esperança. Poderia isto não ser o fim? Poderia haver mais desta vida, ou quem sabe da outra vida?”
Que leitura!
Uma edição bem
trabalhada, dividida em portas – oops! partes (rs), cada uma em momento
específico da história. Você termina a leitura extasiado e como a personagem
Seth: sem saber dizer o que é real.
Seth se afogou. É a certeza dele, a nossa. A descrição te toma. Sensações...
Observações... A descrição física pode ser aplicada a afetiva. Ele “acorda”
morto, atordoado. Seria um “último sonho antes da morte”? Quem ele é?
Lampejos de memória vêm primeiramente através de
sonhos... Lembra o seu nome: Seth Wearing. Tais “flashes” doem
quando tristes e ruins… E algumas lembranças são tão boas que também machucam. Ainda
mais quando se está total e completamente sozinho.
“A dor daquilo. A dor da falta que sente de Gudmund é tanta que ele mal consegue suportá-la.” p.99
E o Seth, lembrando a vida, incidentes familiares –
um pelo qual se sente responsável, incidente com o irmão -, pensa na morte em vida. E a solidão daquele
lugar.
“A solidão. Nessa exaustão contínua, a solidão terrível desse lugar o engole, assim como as ondas nas quais se afogara.” p.134
Nada funciona. A casa é a antiga, na Inglaterra (não a
qual morava quando... morreu?), mato alto ao redor… Andando, lojas abandonadas,
carros… nada. No mercado, latas de comidas já vencidas... algumas comíveis. Até
que, em um impulso, arruma tudo, sem descanso, e sai para correr. Uma van preta, EM MOVIMENTO, muda tudo! Bem como
duas mãos que se colocam por trás dele, sobre a sua boca, quando ele grita
“espere” para o motorista.
— Porta —
Seria sua mente buscando explicações? Peças pregadas
pelo inferno? Onde ele está? Morreu, mão morreu? Lembranças continuam.
Fogem do carro preto... Necessidade de respostas – mas não mais tão sozinho (ou está?): Regina e Tomasz
(reais?). Presídio - ele parece conter respostas.
Seth precisa… o leitor precisa.
“Eu me lembro.” p.273
Outra porta.
Tomasz também não gosta de não saber as coisas, e
devoraria o livro buscando saber. É real? Qual a explicação?
“Se tudo isso é mesmo uma história da minha cabeça…” p.426
Necessário adentrar o caixão. Olhar. Conectar.
“Está pronto?”“Estou pronto!”
Um abraço,
Carolina.
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