Quando Maria encontrou João

Autor: Rui de Oliveira
Editora: Nova Fronteira
Publicado em 2012
N° de páginas: 36

“Tema clássico da literatura universal, a busca pelo amor verdadeiro e completo é agora revisitada pelo renomado ilustrador, e também escritor, Rui de Oliveira. A partir de um vasto repertório de referências estéticas e culturais, Rui narra em imagens a história de uma dessas buscas, que aqui surge logo depois do primeiro encontro de Maria e João, desfeito quase que imediatamente com uma ingênua brincadeira de esconde-esconde. Do lúdico à esperança do reencontro e da transformação, em um tempo simultaneamente indefinido e presente, vivenciamos a instabilidade da procura e do destino.”


Beleza

Começarei perguntando: vocês sabem o que é Leitura Imagética? Não falo de HQs. Há diversos tipos de leitura e a imagética é uma delas. Não há signos que compõem palavras, frases, orações, sentenças... Há história, que você “lê” através da interpretação das imagens. Mais do que ver, “ler” uma obra é lançar um olhar crítico e sensível sobre os textos e contextos...

“Conheci” o autor-pintor/ilustrador em outros trabalhos dele enviados para escolas e colégios que tivessem o Ensino Fundamental 2, ou “nos finais”, 6º-9º anos, pelo MEC: A formosa princesa Magalona e o amor vencedor do cavaleiro Pierre de Provença & Uma história de amor sem palavras. Ele tem um traço característico próprio, do tipo que reconheço “de longe”. (Bom, não sou crítica de arte, apenas apreciadora.)

Neste, Quando Maria encontrou João, muita sensibilidade! Um encontro infantil, passando o tempo... em jardim/bosque. Beleza natural. Brincadeira...que escondeu – tempo. Chamada, partida, mãe, vida... Como cantado pelo saudoso Cazuza, “O tempo não para”, por mais que queiramos... congelá-lo é impossível, bem como voltar nele. 

O que podemos é almejar, um dia, quem sabe... Talvez um reencontro, um desfrutar, compartilhar novamente... 

Na brincadeira de esconde-esconde se esconderam um do outro enquanto anos e etapas da vida transcorriam. Não quer dizer mais nem menos... Apenas não presente até reencontro. Independente de tempo passado, até quando tenha sido contado... “Aqui está você!” “Aqui estou eu!” E o prazer da companhia, amor, alegria.

Muito lindo!


Um abraço, 
Carolina.


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