A garota no gelo

Autor: Robert Bryndza
Editora: Gutenberg
Publicado em 2016
N° de páginas: 320
 "Seus olhos estão arregalados... Seus lábios estão entreabertos... Seu corpo está congelado... Mas ela não é a única.
Quando um jovem rapaz encontra o corpo de uma mulher debaixo de uma grossa placa de gelo em um parque ao sul de Londres, a detetive Erika Foster é chamada para liderar a investigação de assassinato.
A vítima, uma jovem e bela socialite, parecia ter a vida perfeita. Mas quando Erika começa a cavar mais fundo, vai ligando os pontos entre esse crime e a morte de três prostitutas, todas encontradas estranguladas, com as mãos amarradas, em águas geladas nos arredores de Londres. Que segredos obscuros a garota no gelo esconde?
Quanto mais Erika está perto de descobrir a verdade, mais o assassino se aproxima dela. Com a carreira pendurada por um fio depois da morte de seu marido em sua última investigação, Erika deve agora confrontar seus próprios demônios, bem como um assassino mais letal do que qualquer outro que já enfrentou antes."

Andrea Douglas-Brown. Talvez seu “desaparecimento” não tivesse repercussão se fosse uma Tatiana Ivanova, uma Mirka Bratova, ou Karolina Todorova... Mas não: era filha do Lorde Douglas-Brown, rico, poderoso, cheio de contatos. Seu desaparecimento foi primeira página, bem como seu óbito.

A detetive inspetora chefe Erika Foster estava afastada de suas funções na polícia, até o superintendente Marsh a chamar para comandar as investigações da morte. Estas, enquanto apenas desaparecimento, eram comandadas pelo sr.Sparks. (Que cara odioso!) Encontra nos colegas apoio, principalmente da Moss e do Peterson. Erika não é dada a politicagem: quer apenas solucionar o crime e “encontrar” o culpado.

Sim, esta morte teve repercussão pelo “valor” envolvido – prestígio, status, poder... Será que se ela não tivesse o sobrenome que tinha...?

(Reflexões...)

Andrea não tinha 18 ou 19, mas 23 anos. Estava noiva do Giles Osborne e foi encontrada no Horniman Museum, em Forest Hill... no gelo. (Mas, pelo título já sabiam, correto? 😉) Sem histórico de trabalho, apenas mais tarde se sabe do breve estágio na empresa do noivo, quando o conheceu. A irmã mais velha, Linda, nada tem de semelhante – beleza ou atitudes. Trabalha na floricultura da família com a mãe, ama gatos... E o irmão mais novo, David, faz mestrado. (PONTO) 

No desenrolar das investigações muitos empecilhos: zelar pelo nome, a família... O que deixa a detetive chateada. O que importaria seria solucionar o caso e prender o culpado, não?!?.. NÃO. Ela chega a ser retirada do caso, tem que devolver o distintivo... O que não impede novas descobertas dela. Conversando com o legista após a morte da Ivy Morris fica sabendo de outras mortes semelhantes, sem atenção por parte das autoridades: desconhecidas, sem posses ou nome, ‘mulheres da rua’.
“... estranguladas, com as mãos amarradas, jogadas na água nos arredores de Londres. Tinham cabelo arrancado e estavam sem roupa da cintura para baixo.” p.171.
Mar./2013       ✔ Nov./2013       ✔ Fev./2014...
 
Tráfico de mulheres do Leste Europeu, prostituição... No caso da Ivy, já de certa idade, saberia demais?!?... E quem é Barbora Kardosova, tão amiga e presente no perfil do facebook desativado da Andrea e, de repente, sumida?!?... O homem de cabelo escuro visto no The Glue Pot, após uma mulher loira... com a Andrea, na noite do seu assassinato?
(Necessária a leitura na íntegra, claro! Rs)

Erika quase integrou o hall, por duas vezes, das vítimas... E o seu apelo aos repórteres e público que assistia:
“... Não façam o que sempre fazemos neste país, separando-as em classes sociais. Elas são todas iguais, todas vítimas, e merecem igual atenção de nossa parte.” p.241.

Merecem. Merecemos. Não apenas na ficção, mas na realidade.


Um abraço,
Carolina.

2 comentários

  1. Que resenha Maraaa!! Sempre fui encantada pela capa desse livro. Agora, estou curiosa pelo seu conteúdo...

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    1. Bia, espero que leia e goste! O quarto livro será lançado ainda este ano!!... <3

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