Editora: Verus
Ano de publicação 2016
N° de páginas: 322"Antes do asteroide, eles eram definidos por rótulos: o atleta, a excluída, o vagabundo, a perfeitinha. Mas então tudo mudou. Agora eles têm dois meses para encontrar um significado. Dois meses para realmente viver.
Dizem que o colégio é a melhor época da vida. Peter, a estrela do time de basquete, está preocupado que essa afirmação possa ser verdadeira. Enquanto isso, Eliza não vê a hora de escapar de Seattle, e da reputação que a persegue; e a perfeita — ao menos no papel — Anita se pergunta se a admissão em uma das melhores universidades do país vale realmente o preço de abandonar seus sonhos. Andy, por sua vez, não entende todo o rebuliço em relação à faculdade e carreira — o futuro pode esperar.
Será? Porque parece que o futuro está prestes a se chocar com a Terra, vindo do espaço, com o potencial de acabar com a vida no planeta. Enquanto esses quatro estudantes do último ano aguardam — assim como o restante do mundo — para saber quais serão os estragos do asteroide, devem abandonar todos os pensamentos sobre o futuro e decidir como passar o que resta do presente.
Neste livro esperto e envolvente, quatro adolescentes arriscam seus sonhos, seu coração e sua humanidade para ir em busca daquilo que realmente vale a pena."
“Um
pontinho azul intenso, que parecia um furo na cobertura negra do céu.”
– p.25
*ARDOR* - ARDR1388
Seattle, Colégio Hamilton
Casais aparentemente perfeitos,
bullying, problemas familiares e pessoais. Perspectivas e falta delas. Vidas...
“O medo de desperdiçar o seu futuro já estava lá na sua cabeça. Eu só salientei isso para você” – p.14 (professor para Peter Roeslin, jogador de basquete)
Futuro...
“(a diferença entre a frieza e a popularidade era, afinal, simplesmente uma questão de temperatura)” – p.23 (Eliza Olivi, fotógrafa do colégio)
Dia-a-Dia...
“Por que os adultos são sempre tão obcecados com o futuro? É como se o presente nem estivesse acontecendo.” – p.29 (Andy Rowen)
O
Agora.
“Bem, o mundo não vai acabar se eu não for para Princeton – Anita falou e se encolheu, esperando.” – p.37 (Anita Graves para o pai)
E
se...
“Seja
lá o que for, não vale a pena.” – palavras do Andy para a Anita, jamais
esquecidas.
Se início, o asteroide passaria
a 3 milhões de km da Terra. Tornou-se 800 mil km... Agora, não se pode dar
certeza até que chegue ainda mais perto. 7-8 semanas é a probabilidade. Caso
colida, possível que 66,6% da população seja exterminada.
“... Se O mundo fosse acabarMe diz o que você faria?
Ia manter sua agendade almoço hora apatiaOu ia esperar os seus amigosNa sua sala vazia
Meu amor o que você faria?Se só te restasse um dia...”
– letra de música escrita por Lenini
A
letra dessa música, cantada pelo Paulinho Mosca, pelo Ney Matogrosso... Ilustra
bem. Se fosse menos tempo, provavelmente as pessoas apenas fariam algo que
sempre quiseram e nunca tiveram a coragem ou o incentivo... Um beijo?... Estourar
a caderneta de poupança?... Revelar algo?... Ir para o trabalho uma última
vez?... Mas e se tivesse tempo até o “susto” de a notícia passar? Revoltaria-se
(revoltar-se-ia) ao invés de realizar um pequeno sonho?
O
livro não trás uma ideia nunca pensada sobre, mas as vidas daquele grupo de indivíduos,
passando por tal situação já tanto questionada, ações e reações das pessoas ao
redor, como influenciam nas próprias... Envolvimento. Solidariedade.
Companheirismo. Amor.
E
se fosse você? Criaria? Ajudaria? Denunciaria? Entorpeceria? Arrombaria?
Fugiria de casa? Causaria uma guerra civil? Trabalharia? Iria para a
escola/colégio? Publicaria? O que você faria?
Um abraço,
Carolina.
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Leia também Resenhista convidada: Até o fim do mundo
Interpretação artística da música citada pelo Ney Matogrosso:
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