Tradutor: Braulio Tavares
Editora: Alfaguara
Publicado em 2020
Nº de páginas: 272
Uau! Iniciei a leitura pela Árvore de Livros para ver como seria e, admito, quando necessitava pausar era... difícil. Faltando cerca de 18-20% fui ao cinema: amiga tinha dito para mim que queria que eu dissesse se o final era igual e, como sabem, prefiro assistir antes de ler.
O filme é muito bom. Claro que os pormenores entre as sessões do Conclave eram mais rápidos na película ou poderia fazer com que o espectador "dispersasse". As impressões e autorreflexões tiveram que ser adaptadas... São linguagens diferentes. Mas em nada uma perde para a outra e, sim, um certo "detalhe" foi modificado, talvez para ser mais evidente ao público.
Lembro de ter conhecido termo em uma novela da televisão aberta, no ano de 1993, quando adolescente. O nome era Renascer e a personagem era chamada de Buba. Ela foi chamada de hermafrodita e, no remake da novela, ela é trans. (Dado coletado no Google, não assisto tv aberta há certo tempo, novelas... 😅)
Hermafrodita é um termo que se refere a pessoas que nascem com órgãos sexuais masculinos e femininos. No entanto, o termo é considerado obsoleto e foi substituído por distúrbio da diferenciação sexual (DDS).
Creio não necessitar dizer que gostei da leitura, tendo iniciado aqui com a interjeição "Uau!" - rs. Seja pela narrativa, seja pelos fatos acrescentados aos poucos; seja pela observação de características que, pensamos, deveriam ser suprimidas em pessoas que buscam se elevar - e desde já digo: "Calma! Sei que somos humanos e que, portanto, cometemos erros." -, tentam se espelhar no exemplo de Jesus e, na Igreja Católica Apostólica Romana, também dos apóstolos e "pessoas santificadas". E cardeais, pontífices, têm atitudes que demonstram... como posso expressar?!... Pequenez? Seus egos, interesses pessoais, dentre mais.
Não "sigo" uma religião. Tento respeitar a todas (creio que o falecido papa e o eleito para o substituir gostariam disso em mim. Rs.), já li sobre diversas crenças, visitei, cantei músicas, observei, entoei... Concordo com algumas coisas, discordo de outras, aqui e ali. Agradeço. Converso. Observo. Erro - claro! Peço ajuda. Lomeli recorre a tal atitude diversas vezes no livro. Ele pede ajuda à Deus, esclarecimento, orientação... "Fala com o Pai." Quer ser justo e um bom "administrador", como foi chamado certa vez pelo falecido pontífice. Bem, poderia ser um elogio a "lucidez e gerência", mas pode soar de outra forma conforme ocasião. Rsrsrs. Ele tentou sair, porém o finado papa negou pedido.
Apesar de "o papado ser um fardo de bastante peso", como Adeyemi lembrou logo no início, há quem o busque. O próprio Adeyemi, Tremblay, Tedesco... Bellini tem apoiadores também - Lomeli entre eles. Os cento e dezessete cardeais já estavam na Casa Santa Marta, onde devem ficar isolados e sair apenas para as sessões do Conclave quando uma confissão imprevista é feita à Lomeli aportas fechadas, seguida da requisição da presença do decano: um outro cardeal chegara, desconhecido, nomeado in pectore pelo falecido papa, Vicent Benítez. Agora os membros da votação no Conclave somam cento e dezoito. Um deles já imaginava as cartas do baralho, as peças do tabuleiro, quando o pontífice estava ainda vivo e começou a "mover suas peças buscando o Xeque-Mate". Esqueletos são retirados do armário... peças no tabuleiro.
Até onde as pessoas podem chegar na busca do poder?
Oitava votação com resultado imprevisto, inusitado e "providencial".
(Certamente devido a um discurso proferido.)
Haveria ainda segredos por vir?
Como agir? O falecido papa já teria imaginado?
[Obs.: apesar da pesquisa bem feita, lembremos ser uma ficção.]
Claramente não sabemos o que há nas cabeças e corações uns dos outros - embora eu saiba a conclusão da estória e, obviamente, não a irei dizer! Ah, você "já assistiu ao filme" - sempre há os que assim dizem! Mas não é o mesmo. Afinal, até eu estranhei um dos nomes utilizados para procedimento não feito, por mais que tenha logo associado.
Indico? Sim ou com certeza?!?...
Assista, claro! Mas, principalmente, leia! ;)
Um abraço,
Carolina.
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