Tradução: Simone Campos
Editora: Trama
Publicado em 2021
Nº de páginas: 334 (e-book*)
Alternando entre transcrições de gravação dos interrogatórios feitos pelo detetive inspetor John Garrett na presença da detetive sargento Anna Perry - afinal, Andrew Page foi morto no Hotel Burgh Island e é necessário chegar a identidade da pessoa que o assassinou - e capítulos sob pontos de vista das pessoas envolvidas na história, semana a semana (a partir da sétima) anterior à festa de bodas dos patriarcas da família Roberts na ilha, a estória é contada.
Ao passo em que fatos são narrados por cada uma das personagens, vamos aprendendo um pouco sobre cada uma delas, mais profundamente sobre as consideradas suspeitas do assassinato, já que tinham relações "conturbadas", por assim dizer. Andrew Page se divorciou da Louise após casamento de dezessete anos para se casar com Caroline Page, com quem manteve um caso por um ano e, agora, a Caz é a esposa dele há quatro anos, tendo um filho, o Kit. A Louise tem a Bella e o Tolly.
Como o Andrew não tinha família, a da Louise se tornou a dele por quase duas décadas e os laços não se desfazem assim... A anciã da família, mãe da Lou e avó da Bella e do Tolly, convidou o Andy, a nova esposa e o filhinho deles, para as bodas dela e do marido, o que reacendeu animosidades. Ambas tem ciúmes do Andy, uma culpa a outra por toda e qualquer coisa! Fica difícil apontar quem fez o quê, pior ou... E é difícil para quem assiste também.
A melhor amiga da Lou é casada com o seu irmão mais novo, Luke (perdeu o mais velho em acidente de carro), e tem dois filhos também: Sidney e Archie. Ela trabalha na área da saúde e percebe recaída ocorrendo com a amiga. Para piorar a situação, há precedentes: a Lou tem ficha, "perseguiu" seu primeiro amor quando tinha dezenove anos, com quem teve um caso. Inicialmente ela desconhecia que ele era casado e, quando a mulher dele descobriu e o pressionou, e ele terminou.
Min teme que a amiga esteja tendo uma recaída, observa "sinais"...
O "jogo de empurra", acusações, culpas, se prolonga por todas as semanas. O incrível é que eu não conseguia entender qual das duas estava... Mentiras vão sendo mostradas. Lou e seu passado, suas crises; Caz e sua vida pregressa, família/mãe, escolha dos fatos fixados na memória, crença na própria estória... Mas, pior, ambas sabem da "lábia" do Andrew. Lembram de como ele agia e o que falava quando estava com uma e outra, admitem que ele é bom nisso, não é à toa que se sai tão bem no trabalho dele em frente às câmeras!
Ele "inventa estórias para uma e outra quando está com outra e uma" - mais que certo! No entanto, e se não for apenas para elas que mente? Comecei a desconfiar que havia mais e prossegui.
Traumas. Todos ali tem os seus. A perda do filho/irmão... Assassinato de gato... Descobertas aqui e ali. Lembranças atiçadas em disputa e fora dela. Chegamos a pensar algo indescritível, uma recorrência que atiça fogo, até outra alternativa ser apresentada a nós. Até onde a loucura de uma pessoa e outra, o amor e a doença, e o ódio, o rancor, a repulsa, a covardia, a coragem... Quem matou Andrew Page? Quem?...
Pensa que vou falar? Hahahah! Se eu fiquei passando tela a tela no app Skeelo até descobrir, pensa que vou te privar da ansiedade de chegar ao fundo e saber paulatinamente cada descoberta?!?... Quem traiu/trai quem? Quem tinha motivos? Até que a realidade seja provida, desconfiamos de quase todos, excetuando as crianças. Lembrando que a escala de Piaget delimita "criança" tendo até doze anos de idade! Rs.
Sabe quem foi a pessoa que matou o Andrew?
Sabe o porquê?
Ou procurará saber? :)
Boa sorte!
Um abraço,
Carolina.
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