Paixão ao entardecer

Autora: Lisa Kleypas
Os Hathaways, 5.
Editora: Arqueiro 
Publicado em 2015 
N° de páginas: 272 


Nem sempre a primeira impressão é a que fica...

A caçula dos Hathaways, uma família nada convencional, e sua mania de comparar as pessoas a animais, observando... Acaba vendo bastante! 

Sim, ela é apaixonada pela natureza e animais, não pode ver um "em apuros" que se prontifica a "salvar"/ajudar! Desde ouriços a... lembra do Casamento Hathaway, spin-off gratuito no kindle, onde ela terminou com um elefante?! Pois! Os salões de baile são abafados, superficiais, enfadonhos!... Prefere outras companhias. Os rapazes se encantam, chamam para dançar, pensam ser brincadeira certos comentários que ela faz - SQN - mas nenhum deles a encantou, até trocar correspondências com um certo capitão que luta na guerra.

Prudence, alguém que Beatrix pensava ser sua amiga, recebe uma carta de um dos pretendentes, que foi para a guerra. O cenário em que ele se encontra não é favorável a superficialidades ou belezas e palavras doces e amenas. Beatrix logo percebe que é necessário que este receba uma resposta, palavras de consolo e/ou força, algo que possa confortar e esperançar! Mas Prudence, que não gosta da falta de floreios na correspondência, não perderá seu tempo: se Beatrix quiser que ele receba uma carta, ela mesma que escreva!

A guerra não é bela. Morte, dores, sacrifícios... Para quê? Conhecidos, amigos, inimigos... tantas famílias de ambos os lados que ficarão desoladas, enlutadas, sem seus entes amados, queridos. Christopher não é mais o mesmo. Nada de bailes e flertes, amantes e floreios. O que impediu que ensandecesse foram as cartas, a pessoa que escreveu tais palavras alentadoras. Ah, sim, e seu novo companheiro, um cachorro, que ajuda, está sempre junto, leva recados. Phelan retorna para Londres sombrio, com pesadelos...

"Não sou quem pensa..."

Phelan retorna aclamado herói, o que não condiz com seus sentimentos. E está determinado a estar com quem ama. Precisa descobrir quem é, já que os poucos encontros com a Prudence lhe mostram que não pode ser ela quem lhe escreveu as palavras lidas nos campos de batalha.

Ok, "agravantes"... Quando um "bon vivant" galante, falou para um amigo algo sobre a Bea e ela ouviu... A família dele é tradicional e os Hathaways não se importam de não o ser ou de falarem deles. O irmão do Christopher foi criado para herdar as propriedades mas teve pneumonia. A esposa do John Phelan é amiga da Beatrix e percebe algo estranho com as cartas que envia ao cunhado... Rs. Abafa! Rs.

A interação com a estranha família logo que retorna é... interessante. Convidado para a refeição, declinando, não querendo falar (todos da sociedade querem histórias das peripécias do grande capitão, as que lhe rendeu medalhas... ele detesta falar sobre e lembrar delas), ouve pérola do Leo:
"- Venha, Phelan - disse Leo com simpatia  - Adoramos convidados silenciosos... isso nos permite falar mais. Portanto, sente-se e não diga nada."
Como não se sentir mais à vontade? Rs. Incrível, mas ele realmente se sente bem ali, embora seja estranho presenciar toda aquela agitação e conversas pulando de assunto a assunto, mulheres opinando, criança - na mesma mesa! - fala também... Ninguém focando nele, um organismo vivo e pulsante!

E falando em pérolas do Leo...
"(...) Até agora não fiquei assim tão impressionado com seus defeitos. Bebe mais do que deveria, tem dificuldades para dominar seus impulsos e tem mau gênio. Todas essas características são praticamente pré-requisitos na família Hathaway. (...)" - p.173 - Hahah!
Há muito... muito! Barulhos alarmam, locais fechados e cheios... trincheiras! Claro que há momentos de "arrombos", mas eles são mais escassos que nos primeiros livros porque o capitão precisa se controlar... Controlar pesadelos... Mas ocorrem, claro! Ah, quando Bea comenta sobre interações dos animais com o Phelan - hilário! Hahah! 

Tenha mais este encontro com a família! Recepcione este homem ferido, conviva e sinta com a Beatrix! 


Um abraço,
Carolina.


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