Me chame pelo seu nome

Autor: André Aciman 
Editora: Intrinseca 
Publicado em 2018 
N° de páginas: 288 
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Emocionou-me, bastante!

Não tinha assistido à adaptação ainda, o fiz esta madrugada. Dormi poucas horas e peguei o livro. Percebi algumas passagens/falas fidedignas, outras, claro, nem tanto. Mas acabei de fechar o livro, cerca de cinco minutos, e ainda estou emocionada. Já comentei: foi-me dito que amo o Amor - creio que a pessoa estava certa! 

"... É como a sensação de voltar para casa, como voltar para casa, (...) como quando tudo se encaixa..."
"Tentava sempre mantê-lo em meu campo de visão. Nunca deixava que se distanciasse demais de mim, a não ser nos momentos em que não estava comigo."
"... luz dos meus olhos, luz do mundo, é isso que você é, luz da minha vida." 
A pressão social existente não tem como asfixiar a verdade do sentimento. Passem anos... As memórias existem mas não se tratam delas, mas de um sentimento que não se extingue. Uma longa jornada trilhada até a concretização? Sim, pouco mais de um mês para conseguir ultrapassar temores, aceitar. Mas o que se pode dizer, então, de décadas sem a proximidade não apagarem, e sim consolidarem a veracidade do que há de especial entre o Elio e o Oliver?

Poderia ter sido uma curtição, um experimentar... Mas não. Real. Observável. Tangível. 

Ok, vamos em frente que nem todos conhecem! Rs. O pai do Elio (17 anos de idade) hospeda a cada verão, um@ "candidat@", seja estudante desenvolvendo projeto ou... no caso do Oliver (24 anos), jovem professor escrevendo um livro que está sendo traduzido, revisado... para publicação. Sempre há cerca de quatro ou cinco candidatos para a escolha. Então, nos verões, Elio abdica do seu quarto (maior) e fica no adjacente no qual o avô ocupou por anos antes a sua "partida". A pessoa não paga a hospedagem, apenas dedica ao menos uma hora do seu dia ajudando o proprietário (professor-doutor) com sua correspondência ou o que for.

A vila é um charme, pequena, pitoresca, sem muito a fazer mas "movimentada". Rs. A propriedade, bela, com pomar, piscina, acesso a praia, quadra de tennis, etc. Que lugar!!! Sempre há convidados nas refeições, estímulos intelectuais! Elio transcreve em partituras, estuda, toca a música de um compositor com o que seria a interpretação de outro! Rs. Os "grandes", claro! Rs. E muitos livros!!! ♡ 

Os pais do Elio são abertos, receptivos, compreensivos e, como sabemos bem mais adiante, observadores - ao menos o pai deixa claro ver a rara amizade que foi desenvolvida. Oliver comenta que os seus jamais aceitariam - e falarei mais nada para que saiba ao ler. Houve momentos em que me chateei? Claro! Elio por vezes... porém as descobertas não são minhas e cada um tem seu tempo e jeito de lidar com o que ocorre. Ninguém pensa, sente ou age igual. 

E você, tem uma amor no baú que jamais saiu do seu coração? Um que dure anos e anos... Que cause, ainda, aceleração dos batimentos cardíacos e bem estar apenas com a companhia?


Um abraço,
Carolina.

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