A esperança

Autora: Suzanne Collins
Editora: Rocco Jovens Leitores
Publicado em 2011
N° de páginas: 335


Começamos a leitura nos questionando: esperança?...

Lembro de críticas anos atrás... Sobre a Katniss se escondendo em todos os lugares possíveis, nos quais não a encontrassem tão cedo, até mesmo entre tubulações, se necessário. Ouvi crítica pela repetição dela de quem era, para focar... Assim como está fresco na memória minha resposta (tão desaforada quanto o tom de voz usado comigo! Kkkk!) Vamos fazer o seguinte: você participa de dois jogos brutais onde morrem todos exceto um, cheio de armadilhas etc, matando ou sendo morto. Sobrevivendo e retornando, conversamos! 

(A gente aprende com eles! Kkk!)

É impossível não ter sequelas. (Vitoriosos as tem.) Sendo usada o tempo todo, sentindo-se coagida e traída, atormentada com o que pode vir a estar acontecendo com o Peeta... Achando melhor que ele estivesse morto a ser torturado! Ao mesmo tempo que pensa não ter retorno, almejando, profundamente... outra opção.

Usada e abusada psicologica e imageticamente. Não foi convidada a participar, apenas assumiu sem saber um papel que se provou indispensável... Até que se tornasse, enquanto peça viva, dispensável. Um@ mártir por vezes é melhor que uma pessoa de carne e osso para sustentar a bandeira. 

Lutas... Sanidade. Capital - Snow - escravidão distrital. Sobrevivência das outras peças do tabuleiro. Sobrevivência dos seus. Quando em ação, sobrevivência dos inocentes! Tentativas de enxergar motivos de incômodos entre morfináceos que anestesiam o corpo... a mente... a alma? Pesadelos que nunca deixarão de povoar as quase noites de sono...

Quando consegue o Peeta de volta não foi uma conquista, mas um "presente" modificado da Capital. Ela traduz bem vários pontos quando o cérebro está ativo, principalmente as ameaças: as rosas... a pequena modificação no final de um discurso... O tratamento concedido aos seus preparadores. Parece paranóia... SQN.

Distrito 8 e hospital... Distrito 2 e a "casca de noz" / mina. Vidas. Peeta está certo ao questionar: o que sobrará?... Sim, ela tem dúvidas. Ela tem um laço formado com o melhor amigo, que quer mais, mas ele não é o "garoto do pão". Se ela tenta esquecer por vezes? Sim. Mas é impossível. Fora que o Gale não ajuda quando mente/omite para ela/dela.
"Eu sabia que você ia me beijar." (...) "Porque sinto dor - diz ele. - Essa é a única forma de ter sua atenção."
A Prim quando conversa com ela, a ajuda a focar. Ela pode fazer demandas em troca de ser o Tordo; Snow não matará Peeta enquanto puder usá-lo para quebrar ela... E é o que a Coin faz depois, usando a própria menina de 13 anos!... Nov@ Snow ("caindo por cima de tudo")!
"Esqueça o fato óbvio de que se eu tivesse um aerodeslizador funcionando à minha disposição, eu o estaria usando em uma tentativa de fuga. (...) Ambos sabemos que eu não vejo problema em matar crianças (...) não havia nenhum motivo para que eu destruísse um cercado cheio de crianças da Capital. (...)"
- Realmente. Snow não chegou onde chegou sem saber quando "bater em retirada". No livro da cantiga dos pássaros e das serpentes lemos isso. Ele faz o que for preciso para ficar Vivo e, se possível, no Controle. -

Algo mais que me falaram: outra pessoa poderia ter sido usada,  a mãe, o Gale... Não. Se queria quebrá-la, tinha que ser a única pessoa que ela tem certeza de amar" (JV). Foi muito bem orquestrado! E com uma armadilha idealizada pelo melhor amigo.

Sim, marquei muito. E não tem como destacar tudo aqui! Feitos com o Finnick desde que se tornou vitorioso... Haymicht... Johanna... Cinna.

Ouvir de alguém que sempre despejou amor e gentileza tão naturalmente que se é uma bestante. Depois, fazê-lo ela mesma sobre ele para outrem, tentando se proteger... Foi duro ouvir e tenho certeza de que proferir também. Parece insensível, mas precisa do muro ao redor do seu coração.
"Mas outras pessoas também tinham os seus planos."
"Custa tudo o que você é."
"Não consigo acreditar que você não tenha resgatado Peeta." / "Não consigo acreditar que você o tenha deixado fora do seu alcance naquela noite." 
"... Eu os conheço. Eles não são maldosos ou crueis. Eles não são nem inteligentes. Fazer mal a eles é como fazer mal a uma criança. Eles não entendem..."
"... ele seria capaz de expressar por que é tão errado trocar tiros quando as pessoas, quaisquer que sejam, estão tentando achar um meio viável e sair da montanha."
"Peeta sussurra a palavra e vou atrás dele." - até sob efeito de morfináceo!... 
"... nunca vou poder competir com aquilo." 
 "Perguntar a quem? Em quem posso confiar?"
"Porque isso é o que eu e você fazemos. Protegemos um ao outro."
"Não deixe que ele o tire de mim. (...) Fique comigo."
"Eu acho... que você ainda não faz a menor ideia do efeito que exerce."
"Coisas estranhas aconteceram aqui / Não mais estranho seria / Se nos encontrássemos  à meia-noite na árvore-forca."
Corta!


Um abraço,
Carolina.

2 comentários

  1. EM choque com a rapidez que você consegue ler, sabes que preciso ler Em chamas, mas espero finalizar logo para ler A Esperança...

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    1. Sei que leio um pouco rápido mas... Jess, como consegue parar Em chamas pela metade?!?... 🙀 "Bege, bege, rosa!"...

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