Autor: Laurentino Gomes
Editora: Planeta Jovem
Publicado em 2008
N° de páginas: 145
Esse é o tipo de leitura que faz parar para refletir...! Tenho a primeira edição, integral, de 2007, mas li primeiro essa que comprei para doar.
Inicialmente eu tomava notas... Como Portugal perdeu o momento de entrar na revolução industrial, comprando tudo de fora... Como enquanto o Brasil era colônia de Portugal este de certa forma o era da Inglaterra... Como Portugal se mantinha para trás enquanto as coisas mudavam no restante da Europa... O quanto eram sustentados e sustentavam parasitas às nossas custas!...
Se ninguém tentou "modernizar" minimamente? O Marquês de Pombal, em 1755, após terremoto, mortes e necessidade de recontrução. Subjulgo da nobreza, redução do poder da igreja, expulsão dos jesuítas e reorganização do ensino. Tudo melhoraria, não?... Nope! D. José morreu em 1777 e D. Maria I regride tudo, afastando Pombal da corte e retomando ao que era...
Vinte e nove de novembro de 1808: toda a "nobreza" e os seus carrapatos abandonavam Portugal para vir para o Brasil - fugiram! Entre dez e quinze mil portugueses acompanhavam o príncipe regente. Ele fugia de Napoleão. Não via como o enfrentar e não podia se virar contra a Inglaterra, como o Bonaparte queria. Saquearam Portugal vindo para cá; depois saquearam o Brasil para irem de volta para Portugal!!!
[A população, abandonada pelo seu rei e "toda a sua patota", pegou em armas para resistir à pressão francesa por sete anos: Guerra Peninsular.]
Não quero parecer... mas...! O Brasil herdou de Portugal dívida de dois milhões de libras esterlinas depois da Independência! Eles abriram nossos portos para privilegiar a Inglaterra, em troca de todos os favores que tiveram... Aqui, "quem podia pagar virava nobre", sustentando a corte! O padre que confessava a rainha recebia 250 mil réis (14 mil reais) anualmente!!!
Uma leitura necessária, apesar de ultrajar! Sempre sendo estorquidos! E continuamos...! Melhor parar por aqui... Lerei, depois, a versão integral. Sei que precisarei de estômago. Precisamos deixar de aceitar que nos façam de capacho, que peguem do país para si e os seus e coloquem o povo para custear!
Leia! Conheça! Saiba! Comente!
Um abraço
(reflexivo),
Carolina.
Nenhum comentário