Em Silêncio

Autora: Leddy Harper
Editora: Cherish Books Br
Publicado em mar/2019
N° de páginas: 351

"Quando criança, Killian Foster sobreviveu ao inimaginável. Mudo e cheio de cicatrizes, ele passa a maior parte do tempo sozinho, com seu caderno de desenhos, na floresta atrás da casa de sua tia.
Até que surge Rylee Anderson...
Quando Rylee vê Killian pulando a cerca da casa ao lado, ela o segue, despreparada para o garoto que encontra e para a relação que se desdobraria nos próximos sete anos.
Ou o silêncio que se seguiria. 
Lutando entre o ódio de seu passado e a promessa de seu futuro, Killian deve fazer escolhas que poderiam afetar mais do que apenas ele. Opções que testariam o limiar entre o certo e o errado. Decisões que poderiam romper o vínculo com o único amor que conheceu.
Ódio ou amor. Vingança ou perdão.Silêncio ou sua própria voz."

Olá a tod@s! Sim, este mês começou com o lançamento do terceiro livro da CherishBooksBr, escrito pela autora Leddy Harper: Em silêncio.

E que livro! Seduziu de tal forma que apenas o término da bateria do celular, às 3 a.m. fez com que eu parasse a leitura para dormir. E ainda estou sem saber ao certo como expressar o que esta leitura provocou em mim. Foram muitos sentimentos - estive ao lado das personagens desde o início, nas fases das suas vidas. Muitas foram as sensações e emoções e por vezes a vontade que tive foi de abraçá-los, uma personagem e outra, fortemente!

Killian sofreu um trauma que o marcou para sempre. Os momentos de paz e completude os quais vivenciou foram ao lado da Kylee, enquanto pensava necessitar encontrar sua voz... colocá-la para fora...

Não se trata apenas de ter perdido os pais com oito anos de idade mas, principalmente, pela forma com a qual se deu tal perda, a violência para com eles, a violência para consigo, o que ele viu... Emudeceu. Três jovens acabaram com a sua infância, "arrancaram" sua voz. Por três anos ele "quicou" de casa em casa, até que a Elise, meia-irmã da sua mãe, o pegou para cuidar. Em três anos os médicos consultados afirmaram que havia nada que o impedisse de falar - nada, exceto...
"Fez com que eu prometesse que nunca contaria a ninguém o que vi. E eu prometi mas não foi o suficiente.
A faca cortou ambos os lados do meu rosto, e eu senti algo quente escorrer desde minhas bochechas até minha nuca." (10%)
A história que ele nunca contou... até a Rylee perguntar. Queria saber da sua história. A vizinha que o segue até o bosque; a menina de dez anos que não se afasta ao olhar seu rosto, não sente medo ou repulsa ao ver as marcas nele (sorriso de Chelsea ou sorriso de Glasgow), a única amiga, que o aceita e quer saber mais dele.

A conexão entre eles é bela, forte, real, imediata. Impacta. Sentimos com eles, envolvemo-nos. A simples presença conforta, transmite segurança. 

Ele a desenha no seu caderno, nas mãos da Rylee, em si - tatua o nome dela... Duas almas que não conseguem se distanciar. Conexão. Estar com. Os encontros furtivos no bosque, no quarto dela, as noites de conversas silenciosas... Até que, para ela, sua voz sai - apenas para ela. Crescem. Enamoram-se. Mesmo que ela saia, tenha amigos, quando distante sente a falta dele: Killian.

Como se suas almas se reconhecessem e buscassem uma a outra. Até em momentos desconsertantes, compartilham. Ela explica a ele o que é puberdade..! Rs.

Poético. Preenche...
Mas quando sozinho, os pesadelos da lembrança, violência, surgem - sombras. Difícil expressar, impossível esquecer. O gatilho para a partida do Killian antes do acordo que tinham (quando completasse 18 anos de idade teria acesso à sua herança e fugiriam juntos) é acionado quando a tia encontra os desenhos da cena da morte dos seus pais: tanto sangue... pavor!

Venha!

Fique!

Todos realizamos buscas que nem sempre vão na direção que seria a melhor para nós. O importante para eles foi que se deram conta a tempo; eles tem um ao outro, reencontram-se. Como deveria ser, desde sempre.


Um abraço, 
Carolina.

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