Allegro em Hip-Hop

Autora: Babi Dewet
Serie: Cidade da música, 2
Editora: Gutenberg
Ano de publicação: 2018
Número de páginas: 336
"Neste livro você vai conhecer a Camila. Ela é neta de japoneses e filha de pais muito rigorosos que têm grandes planos para ela e para sua irmã. Desde pequena, aprendeu que precisava se esforçar mais, que precisava ser melhor, que não existia tempo a perder na adolescência e que sua inteligência e seu talento deveriam levá-la longe. Camila, então, trocou as festas das amigas por treinos de balé - o que a levou à consagrada Academia Margereth Vilela. Sua vida inteira estava programada e organizada. Até que uma crise de ansiedade a fez perceber que tudo ainda podia mudar e, depois de conhecer Vitor, um garoto desengonçado e cheio de sardas que tocava violino, a vida mostrou à Camila que uma dose de hiphop poderia fazer os dias dela mais felizes."

Terminei a leitura sorrindo, apesar de quase não ter dormido e do meu "prazo pessoal" ter sido ultrapassado (era para o Clube do Livro Autêntica). Por que sorrindo? Porque a Mila sorria. Tá, como diria o Vitor, pode parecer brega ou cafona mas... rs.

No clube houve discussões e eu as vi na leitura. Concordo... Discordo... Público alvo. Intenção da autora?... Não terei como saber a não ser que pergunte diretamente à ela. - Do que falo? Ela não aprofunda alguns temas os quais cita.

Bom, concentremo-nos na Mila. Como uma descendente japonesa, os costumes... Não rebate ou contesta: aceita o que os "em posição superior" dizem. Seja em casa, com mãe, pai, avó... seja na escola com professores. Se ela discorda? Não interessa: deve obedecer. Foi criada assim. Aceitando, obedecendo, dando mais que o melhor de si, porque tinha que ser melhor que todos os outros, independente da ansiedade que pudesse vir a causar. 

Ela sempre amou dançar. Ela se sente feliz, "em casa"... Nunca sentiu falta das atividades adolescentes (as quais desconhecia), nunca sentiu nada por garoto algum... Nem sabe se a mãe aprovaria a amizade que fez logo de cara com a Clara. Focada. Quase não dorme, quase não come... Dança e dança e dança... É a melhor, é admirada sem saber por não olhar muito ao redor e tem um fã especial!

Vitor. Desde a primeira vez que a viu dançar se encantou! Ele estuda violino na Margareth Vilela, é apaixonado por Vivaldi e Drake (ele gosta de clássica, mas também de hip-hop), ruivo com sardas, prestativo... Um amorzinho! Quando a Mila confessa que o primeiro beijo deles foi o seu primeiro, toda vermelha... ele: 
"Queria que tivesse sido o meu também - ele disse, sorrindo." (...) "Ah, tenho certeza de que o beijo só foi incrível porque você estava nele." - p.161
Ele é cheio dessas falas fofas, tentando confortar sempre, ajudar, agradar... Tá, com 18 anos, 19... já não estão assim, são casos raros, pelo que vejo no trabalho mas... Tá, sou romântica! Culpada!!
"Mila, gosto muito de você. Nunca pensei que fosse me sentir assim. De verdade, juro que não tô tentando ser brega ou esquisito. Eu queria que você soubesse." - p.315
Ele não é a resposta para os problemas dela e tem os dele, com os quais já "fez a sua paz" - filho de pais "afortunados", mas ausentes. Sempre tem tudo o de material mas... ele diz para a Mila que já frequentou muito psicólogo... Sim, ele não é "solução", mas um oásis. Ele não a critica, não quer mais, não encontra defeitos... Vê as virtudes, a beleza dela, do seu empenho, da sua dança... 


Esses encontros e o jeitinho deles é fofo!

Ok, mencionei temas que não aprofunda... Após uma observação da professora que ela interpretou mal, come menos ainda, preocupada de ter aumentado o peso. A ansiedade aumenta... Primeiro quando conseguiu o solo dO Lago dos Cisnes, depois, quando o perdeu por uma idiotice estética do professor! Ela não fala, não se abre... até começar a encontrar o menino dos origamis, que parece realmente se preocupar com ela, importar-se... Transtorno alimentar, transtorno de ansiedade... O que é citado no livro? Que ela procuraria o psicólogo do campus, após desmaio, perda do solo e estar com o corpo pifando!...

Ela se sente à vontade e fala coisas para o Vitor que não fala nem para a melhor amiga Clara - sobre dúvidas, sintomas que o corpo tem apresentado... Na história menciona apenas que ela terá sessão, que fez exercício de respiração ensinado à ela e que ajudou. Apenas. Nada de falar sobre os problemas familiares... A Mila até consegue se expressar um pouco, dá uma resposta para o Sergei, quando o corpo de balé está para se apresentar...

No frigir dos ovos, dá-se a entender... 
- sessões com psicólogo ocorrem;
- os amigos (há um grupo do qual ela participa algumas vezes...) a ajudam;
- companhia e assistência do "boy" - sim, eles passam a namorar com todas as consoantes e vogais! - são benéficas;
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(Spoiler!)
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- ela dança nO Lago dos Cisnes e faz uns 31 fouettés;
- participa da apresentação do Vitor e do Sérgio (melhor amigo do Vitor);
- quando tiver a festa de despedida do Kim ela e a Clara irão, pois ela foi convidada e pode levar alguém. Gosta do Vitor, mas ama a amiga!

Um abraço,
Carolina.


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Sempre busque a ajuda de um profissional. Nem sempre o primeiro será o que conquistará a sua confiança - tente novamente caso seja necessário. Estudaram para tal. Há grupos de apoio também. Você não está sozinh@.

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