Sociedade dos Poetas Mortos

Novelização: N. H. Kleinbaum 
Baseado no filme de Tom Schulman 
💕 Robin Williams 💕 
Tradução: Rafael Bisoffi 
Editora: Excelsior 
Publicado em 2025 
N° de páginas: 176 

Um sucesso indicado a quatro Oscars e vencedor da categoria de melhor roteiro original. 

Oh, Captain, my Captain! 

Conheci o filme quando estava na 7ªsérie, atual 8°ano do Ensino Fundamental. Foi em uma aula. E chorei. Exato: "paguei tal mico na frente da galera", literalmente, já que costumava sentar na frente. 🤷🏻‍♀️  Lembro de um colega de sala comentar algo do tipo "como pode a personagem principal se matar?!?" - ao que respondi: "E quem te disse que o Neil é a principal? Perceba em quem a câmera foca em momentos marcados!" 

Um professor novo de literatura chega em um colégio no qual estudou quando na idade dos alunos, bem tradicional. Antigo "estilo decoreba", como eram diversos naquele tempo. E o Mr. Keating quer que seus alunos pensem por si, observem e tirem conclusões dentro do possível. Ele diz que a poesia não é para ser medida, mas faz parte da nossa essência, sentimentos, e serve para "cortejar mulheres" - conquistar o Amor. Bem ousado para a época! Rs.

Dentre diversos alunos, foca em um grupo específico. Grupo esse que revive um clube da época em que o professor era estudante, chamado Sociedade dos Poetas Mortos. Há uma citação de abertura é parte do livro Walden, do poeta Henry David Thoreau, e os integrantes se revezam declamando e lendo poesias, alternadamente, autorais ou de autores consagrados... visando "sugar a essência da vida". Neil é quem descobre o anuário do professor que cita o clube.

Imagine você não poder seguir o que gosta, decidir o que quer, ter que, simplesmente, aceitar o que lhe é imposto pelos seus pais (pai). Neil gosta de arte, sempre quis atuar mas nunca pôde por não fazer parte da programação feita para ele, uma que projeta as aspirações do pai no filho. O que achei injusto em todas as mais de dezoito vezes em que assisti: já que o Neil não abaixou suas notas, seguia como estudante modelo, por que não deixar?... Porque naquela época não se podia sair do que lhe fora traçado pela família. 
 
Temos questões diversas apontadas pelos rapazes. Aliás, o Welton é um colégio apenas para estudantes do sexo masculino. E todos parecem já ter suas carreiras escolhidas para si. Todd Anderson é transferido para o Welton após conseguir aumentar suas notas em outro colégio para conseguir a média mínima para adentrar. A pressão é ainda maior, já que o irmão mais velho foi aluno destaque de lá. Há limitações, ausências, omissões... O momento em que ele está com o presente de aniversário enviado pelo pai mostra muito. Neil consegue transpassar as barreiras da timidez do amigo, ajuda a ele se integrar ao grupo. 
 

Grupo de estudos, encontros na caverna da sociedade reaberta, sonhos, amores, vontades de ousar trocando nome, acessando frequência de rádio, participando de uma peça teatral. Crescimento advindo de pensar por si mesmos, experimentar sem deixar de cumprir com atividades acadêmicas. E a falta de audição. Decisões tomadas sem o cuidado da conversa, mas impostas. A necessidade de um "bode expiatório"... A coragem/ousadia encontrada dentro de si para ir de encontro ao professor/diretor e mostrar ao "Oh, Captain, my Captain" que viam de forma diferente, que visse por outro ângulo: era respeitado, considerado, valorizado... 
 
E cá estão as lágrimas! Rs. No livro há poucos detalhes que diferem da película, como sempre ocorre... A imagem de impacto do Todd correndo e caindo na neve... não parece ter sido imaginada inicialmente no roteiro. Rs. As interpretações de todos e, principalmente, do Robin Williams...!!! <3  Livro tocante, como o filme! E eu via cenas enquanto lia..!
 
Super recomendo!!!
 
Um abraço,
Carolina. 
 
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