1977: Endfield

Autor: Guy Lion Playfair 
(This house is haunted) 
Editora: DarkSide 
Publicado  em 2017 
 de páginas: 288
"Pequenas batidas e sons inexplicáveis, móveis caindo sem nenhum motivo aparente, esse parecia um verdadeiro caso de poltergeist. Desde os primeiros dias, os pesquisadores de atividades psíquicas Maurice Grosse e Guy Lyon Playfair — que viveu muitos anos no Brasil, pesquisou a vida do médium Chico Xavier e tem experiência e conhecimento profundos sobre a popularização do espiritismo e o sincretismo cultural do nosso país — acompanharam o caso e conseguiram documentar mais de seiscentas páginas de transcrição de fitas cassetes e registros em vídeo dos surpreendentes e assustadores eventos, aqui relatados exatamente como aconteceram. 
Comprei em um impulso: 1977, bem grande, na capa. Depois observei: DarkSide. E, sendo desta editora, alguns já sabem: capa dura, diagramação de qualidade, marcador de fita preso à encadernação... detalhes sempre tem atenção minuciosa. Então: poltergeist.
pol.ter.geist (pōl'tər.gīst') n. A ghost that manifests itself by noises and rappings. - The American Heritage Dictionary, 1991 -
 "Um fantasma que se manifesta através de barulho e batidas." 

Nas páginas 10 e 11 o autor fala sobre o que significa a palavra poltergeist, as variedades de comportamento e o fingimento por parte de alguns de que eles não existem.


Em momentos mais sensíveis, lia umas 5 a 10 páginas e pausava, intercalando com outros livros. Na semana passada, devorei centenas de páginas de vez e terminei. Quem me conhece sabe que evito ler resenhas antes de ter concluído a leitura mas ao cadastrar no Skoob observei uma nota baixa e não pude discordar mais! Ok, sigamos adiante... O livro nos entregou o que se dispôs a proporcionar (daí eu discordar), como descrito de início:
"... Se você não está satisfeito com todos os horrores e as excitações ocultistas de livros ou filmes como O exorcista e sua batelada de imitações, e ainda está ávido por emoções mais exóticas, este livro não é para você. Os leitores podem achá-lo entediante, (...).
Isso porque 1977 - Endfield, com seu enredo, seus diálogos e tudo o mais, é um relato verdadeiro. (...)" - p.11
O livro não se trata de uma ficção, mas exposição de um caso que durou anos, ocorrido em um subúrbio de Londres, iniciando-se às 21:30 do dia 31 de agosto de 1977, na residência da família Harper, composta pela mãe e filhos: Rose (13), Janet (11), Pete (10) e Jimmy (07). O irmão da sra. Harper e a esposa, John e Sylvie Burcombe, moravam a seis casas deles. A família se mudou para lá após a separação do sr. e da sra. Harper. Os vizinhos, os Nottingham (Vic, Peggy e Garry) também testemunharam alguns dos incidentes na Wood Lane, 84. 

Foi uma longa jornada, com tentativas diversas de documentação e pedidos de ajuda a diversos cientistas e estudiosos, a fim de resolver e verificar as possibilidades, dar veridicidade aos fatos aos quais o autor e o colega de trabalho por três anos consecutivos, o Maurice Grosse (tinha perdido filha Janet Grosse há três anos) testemunharam. Polícia, psicólogos, médiuns, físicos,... tantos foram os contatos. Não sei como eu reagiria à situação.

Incrível que, por vezes, mesmo que vejamos ou ouçamos, nos neguemos a crer. Tentativas de compreensão, análises de todas as possibilidades de "trotes" ou armações por parte das meninas. Teorias, pesquisas, tentativas. Barulhos que se tornam mais que barulhos.

O livro proporciona tentativas de logicidade a eventos inexplicáveis, tentativa de amenizar, confortar, livrar pessoas de incômodos indescritíveis. Compaixão. Eles não viraram as costas para a família. Mas havia mais... Não posso relatar ou a leitura posterior fica "estragada". Posso citar que relações entre casos diferentes ocorreram. Há mediunidade avançada em algumas pessoas - e por que eu falo "avançada"? Como já foi difundido, todos temos algum nível de mediunidade. Alguns mais, outros menos. 

Já experienciei. Amiga dizendo que não a assustariam... Hein?!... "Estão fazendo barulho para tentar me assustar"... Outra amiga tem "os universitários" dela... Eu mesma já ouvi a voz da minha mãe me chamando, quando no início da adolescência, sem que ela tivesse me chamado (parou apenas quando parei de responder de longe, indo até ela perguntar o que queria). A primeira fechou a porta, pedindo para não ouvir mais. A segunda, segue adiante.

Não tenha medo. Apenas, quando sensível, como estive um tempo, intercale a leitura e siga adiante. É interessante, pode lançar alguma luz a algo que já tenha visto ou ouvido falar... Não espere efeitos especiais ou ficção: é uma história verídica, relatos. Aprendizagem. Convido-@ a adentrar o subúrbio de Endfield.


Um abraço, 
Carolina.



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