Autora:
Elizabeth Rudnick
Editora:
Universo dos Livros
Publicado em 2017
N° de páginas: 272
“Bela deseja para sua vida muito mais do que a pequena cidade
provinciana de Villeneuve pode oferecer. Lá, ela se destaca da multidão com um
ponto de vista único, uma independência vigorosa e um notável amor pelos
livros. Ela anseia por viagens e aventuras, e por uma vida tão empolgante
quanto as histórias que lê, mas, quando seu amado pai é aprisionado por uma
fera em um castelo encantado, o destino de Bela muda para sempre. Ao arriscar
sua liberdade e seu futuro, ela assume o lugar do pai, jurando-lhe que
escaparia em segredo. No entanto, conforme aprende mais sobre a Fera e seu
misterioso castelo, Bela descobre que pode haver mais sobre a história dele - e
sobre a sua própria - do que ela jamais poderia ter imaginado.”
Como
assisti ao filme antes, visualizava certas cenas ao ler. 💜
Com
o casal na capa, a Emma Watson com o tradicional vestido amarelo, o livro
“chama” como um ímã. (Sempre
lembro de trechos do desenho da Disney, a imagem da magnífica biblioteca nunca
saiu do imaginário! Claro, há acréscimos.)
Apesar
de jamais esquecer da imagem da Bela e da Fera (Disney), saber o que título jamais nos deixará esquecer, tanto
assistindo ao filme (2017) como lendo o livro (afinal, é história oficial do filme) não lembrava de
detalhe importante: a leitura era proibida às garotas. Aspecto
histórico/cultural o qual não aceitaria, como a protagonista não aceita.
Sim,
houve um tempo em que se acreditava que a mulher não precisava estudar ou mesmo
ler e escrever (ainda há culturas, hoje, restritivas...). Bem como já foi algo
estrito aos detentores do poder, filhos de abastados e clérigos. A aprendizagem
da leitura e da escrita não era democrática, afinal, como sempre digo para o
corpo discente: conhecimento é poder e, quem o tem não quer socializar.
À
mulher, por muito tempo, foi delegado o aprendizado apenas das tarefas
referentes ou associadas à manutenção da família. Quando escolas começaram a
aceita-las, as aulas eram de prendas do lar, não de cunho chamado “acadêmico”.
Era o seu papel na sociedade patriarcal da época: servir ao marido e à família.
E a Bela rompia com tais paradigmas. Não apenas lia, mas tentou ensinar garota que lavava roupas a ler, o que não foi bem visto – ela teve de parar. “Estranha”, “esquisita”... Bela: bela, leitora árdua, sonhadora... transgressora. Como não amar? 💜💘💜
Já
a Fera... Isolado, palácio cercado por floresta que parece viva, que o encobre.
Lobos cercam o perímetro... Parece que todos esqueceram que houvera um príncipe
e pessoas que trabalhavam para ele, por aquelas bandas. Ele precisa reavaliar
atitudes, aprender – dentre tanto! – a amar.
Além
de ter que controlar o gênio, encontrar a gentileza necessária dentro de si
para não afugentar a sua última chance de quebrar o feitiço, há o relógio que
não para, o tempo não para. A rosa está com últimas pétalas a cair e o feitiço
se tornará permanente! Ainda, ele não entende o que está acontecendo consigo:
por que ele se importaria com o que aquela garota pensa dele ou como ela se
sente? Por que ele não quer assustá-la ao ponto de fazê-la querer partir? Por
que querer sua presença, conversar com ela?...
Como
não se emocionar?...
(Isso
sem mencionar a lindíssima música “A tale as old as time”, presente no
filme!)
Como
não visualizar ao ler?... Como não se apaixonar e torcer pelas personagens?!?
Sim,
há o pai, aprisionado, depois liberto pela troca de lugar com a filha,
perseguido pelo Gaston para tentar fazer com que a Bela casasse com ele...
Gaston é muito cheio de si, tem que ter o que quer... Algo que não me lembrava
de ter na história que eu conhecia era o tal espelho... Ao ler o livro A fera
em mim, percebi o quão valioso era... Mas não lembrava deste “detalhe” antes – rsrs.
“Presente” da feiticeira para que o príncipe pudesse ver...
Leitura
linda para quem assistiu e para quem não o fez. Faz-nos refletir sobre atitudes
e falta de atitudes, pensar no que importa, sonhar com aquela biblioteca LINDA
a qual ele mostra para a Bela como uma forma de agradá-la, vê-la feliz... Como
não ficar feliz com aquilo?!?.. Kkkkk!!
Um
abraço,
Carolina.
Carolina.
.
.
.................................................................
Trailer oficial...
Nenhum comentário