[Na madrugada de 08 de
dezembro de 1894 nascia Florbela d’Alma da Conceição Espanca, na Rua do
Angerino (em Portugal). Suicidou-se na passagem de 7 para 8 de dezembro de 1930 em
Matosinhos. Na última entrada em seu Diário,
no dia 02.12, uma frase: “e não haver
gestos novos nem palavras novas!” ]
(Informação retirada de 'Poemas Florbela Espanca', Martins Fontes)
Lembro de estar na
então 7ª série quando em uma página do
livro didático de língua portuguesa li a poesia que tenho até hoje decorada e
entrou no meu coração!! Até hoje, quando a interpreto as pessoas se emocionam:
Linda!
A poesia?!?...
EU
Eu
sou a que no mundo anda perdida,
Eu
sou a que na vida não tem norte,
Sou
a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou
a crucificada ... a dolorida ...
Sombra
de névoa tênue e esvaecida,
E
que o destino amargo, triste e forte,
Impele
brutalmente para a morte!
Alma
de luto sempre incompreendida! ...
Sou
aquela que passa e ninguém vê ...
Sou
a que chamam triste sem o ser ...
Sou
a que chora sem saber porquê ...
Sou
talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém
que veio ao mundo pra me ver
E
que nunca na vida me encontrou!
Profunda... Sensível e
impactante!... Compõe o Livro de mágoas, publicado em junho pela tipografia
Mauricio de Lisboa, no ano de 1919.
Espero que entre em alguns outros corações a partir de hoje!
Um abraço,
Carolina.
Por algum motivo, eu me identifico muito com esse poema. Simplesmente maravilhoso!
ResponderExcluirE não é?!?...
ExcluirEla tem outros maravilhosos, mas este foi o primeiro que conheci, até hoje declamo e sinto..! :*