A mulher em mim

Autoria: Britney Spears 
Editora: Buzz 
Publicado em 2023 
No. de páginas: 265 


Estarrecida, sempre, com a capacidade das pessoas (que deveriam ser humanas) de fazer o mal a outrem aspirando ganhos financeiros! Este me surpreendeu. Não apenas pelas revelações. A leitura fez com que percebesse que não era apenas ao meu redor que não observava trabalhando três turnos, "sem parar para respirar" (metaforicamente, claro). Lembro de ter visto falarem de fotos da Britney anos atrás, de como ela não parecia ser quem foi um dia - e lembro de pensar: o que as pessoas tem que julgar? Lembro vagamente de ouvir que ela raspou a cabeça, mas o corre-corre não me deixou ouvir um possível motivo. (E por que ela não poderia raspar?)

Sim, admito, ainda: não sou muito de ler biografias. Li a da Greta tempo atrás, li a da Britney agora. Ela passou por muito, sofreu sozinha... Lembro de algumas pessoas que fizeram sucesso cedo, ganharam muito dinheiro e tiveram problemas com a família esquecendo de que eram pessoas, tinham suas sensibilidades, limitações, necessidades... Macaulay Culkin, mesmo, teve problemas com os pais mais preocupados com o dinheiro que com ele, se não me engano.

Não entra na minha cabeça isso. Sei, sou um tanto diferente, ouvi algumas vezes mas, pessoas são pessoas, deveriam importar mais que interesses monetários. Também há essa ilusão de poder ou de domínio ou competição unilateral que não adentra bem minha cabeça, sobre a qual não tenho compreensão. Conversei com pessoa da área poucos dias atrás, questionei como alguém pode "competir sozinho", sem que haja a reciprocidade, sem que tenha com quem disputar!... E tantos presenciando calar no caminho...?!?

Não sei como ela conseguiu manter a sanidade. Como desconheço medicamentos citados, perguntei ao Google e surpreendi-me com a substância que passaram a ministrar nela para que "se ausentasse" ou "perdesse a noção de tempo"! Como? É sério isso? Se eu, uma desconhecida, fiquei abismada, imagino quem não seja apenas "uma estranha"! - Não sei como reagiria se fosse amiga pessoal dela e presenciasse ou desconfiasse de que coisas assim ocorriam.

Bom, de qualquer forma, saliento o quão interessante - e assustador, triste - foram esses dias. Sim, dias, já que intercalei outras leituras. Mas o livro tem linguagem fácil e acessível, poderia ter sido lido de uma só vez, tranquilamente, por mais estarrecedor que seja o seu conteúdo para mim, sensível que sou. ;)  Superindico a leitura!


Um abraço
(caloroso e aconchegante),
Carolina.

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