Vento forte, de sul e norte

Autoria: Manuel F°
Ilustração: Paola Saliby 
Editora: Ed. do Brasil 
Publicado em 2015 
N° de páginas: 144 

Sinopse: Desde criança, em alguns momentos da vida, Luísa teve de enfrentar três situações de preconceito: O fato de ser negra, adotada e ter pais gays. Quando chamou Henrique para sua casa a fim de ajudá-lo com as aulas de matemática, jamais pensou que ele agiria como tantas outras pessoas. Mas e aquela repentina aproximação de Gabriel? Será que ele realmente era um idiota como seu amigo Henrique?

Primeiro contato que tenho com a escrita do autor, sendo o livro indicado para F2, infantojuvenil. :)  A fonte lembra a courier de máquina de datilografar (sim, meu pai teve duas. Uma delas elétrica... E fiz datilografia no início da adolescência. Abafa e não tente fazer cálculos! Hahah!) quando capítulo é de uma das personagens "falando consigo", lembrando... 

Nele conhecemos a Luisa, que tem 13 anos, com seu aniversário de 14 se aproximando. Ela tem alguns poucos amigos (Nara é sua melhor amiga), e costuma comparar e ver como lidar com as situações que lhe ocorrem mediante história conhecida quando mais nova: se tinha que ser forte como um carvalho ou mais "frágil", como o junco.

Ela tem dois pais: o Otávio (quem a adotou) e o  Valmir. E eles tem um "código" para "acelerar conversas mais delicadas": um dos três. Exato, os preconceitos mais sofridos: adoção, cor da pele, ter dois pais. Muda-se endereço, um ou dois itens mas... sempre preconceitos que rondam a todos, na adolescência, então..! Essa galera sabe ser... "cruel". Parece que tem tempo a perder... 🤷‍♀️ Anyway...

Pessoas que tentam se fazer de amigos apenas para chegar perto e conseguir algo, pessoas que querem chegar perto mas temem falação, pessoas que logo desconfiam quando algo fora do "padrão" ocorre... Henrique é um idiota que apenas queria "ver como era" e usou o item disposto no bazar: conhecimento - aula. Gabriel pode andar com ele mas não é um igual, incomoda-se com comentários e atitudes do rapaz e do outro colega.

Pessoas andam por andar, por medo... [Lembro como é. Tive um colega que só falava comigo no 1° ano quando a galera dele não estava junto. Ser visto conversando com uma nerd?! Fala serio!... rs.] Algumas delas tentam se encontrar entre as dúvidas... e, por vezes, "experimentam". Quase sempre há críticas.

Gostei da leitura, que poderia ser em e-book ou audiobook, na Árvore de Livros. Vi gratuito pelo Audible em período de teste também. Questionamentos atuais e comuns à faixa etária. Necessários. Nem todos tem uma refeição feita em família, com conversas sobre o dia de cada um dos membros, o que é saudável. 

Amizade. Amor. Homofobia. Racismo. Preconceito... Indico!


Um abraço, 
Carolina.

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