Editora Charme
Publicado em 2022
N° de páginas: 344
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Lançado no dia 26 de agosto deste ano e disponível no Unlimited, peguei para ler. Mi, inclusive, comentou que tenho lido livros delas... Se olhar aqui no blog, conferirá. Distraem, por vezes despertam risos, em outras, outras emoções. Como estou inflamadinha, resolvi postergar o que iniciei de parceria e peguei este. Boa escolha.
Sim, já pensei nesses projetos que vejo em alguns filmes/seriados e livros que têm por lá. Aqui a Luca e o Griffin se conheceram quando crianças, ela com sete anos de idade, trocando correspondências. Ela mora nos E.U.A., ele, na Inglaterra. Não devem dar o nome verdadeiro, portanto mudam seus sobrenomes nas cartas. E elas vem e vão... até o acidente no show que a Luca foi com a Izzy levar esta última e cerca de outras cem pessoas. Incêndio. Luca se salvou porque tinha ido comprar refrigerante.
Tal acidente muda completamente a vida da Luca. Ela se culpa, não se permite nem mesmo as pequenas alegrias e, como deve ter adivinhado, para de responder o amigo que lhe restou. Recebe ainda algumas, sem responder e, a última, sequer abriu. Desenvolveu agorafobia, ansiedade... Vive uma vida reclusa, não consegue interagir com pessoas, faz o mercado de madrugada, geramente entre duas e duas e meia, nada de multidões, tráfego... Trabalha em casa, é escritora.
Oito anos!...
Griffin veio parar nos E.U.A., com o sonho da sua música. No fringir dos ovos, não passar em competição musical televisiva foi a melhor coisa que poderia lhe ocorrer, já que foi lá que conheceu os atuais integrantes da sua banda - de sucesso. Dinheiro e fama não é a "moleza" que podemos esperar: ganância, interesses, traições... muito ocorre no meio e aqueles momentos do passado, de anonimidade, fazem falta.
Oito anos!
Quem diria que uísque seria bom conselheiro! Um vocalista bêbado escreveu para a amiga de infância, endereçando à antiga caixa postal, e assustou-se ao receber resposta! E por que ela escreveu? As duras palavras que ele usou a fizeram revisitar o passado e ela terminou abrindo pela primeira vez a última carta recebida.
As cartas modificam o tom. As primeiras, "update" e explicações. Depois... O crush passado retorna com força total. Doc, amigo e terapeuta da Luca, incentiva reencontro após achado dentro de pacote enviado de presente. Como deve ter acertado, ficam mais "salientes", picantes... e a caixa tem um monte de brinquedinhos de quando eram criança que a Luca usou de outra forma pela primeira vez. Eu pensava ao ler: SÉRIO que apenas confessa tais feitos assim?!? 😱 Hahah! Mas "cada um é cada um", certo? Rs.
"Nossos medos são temporários. Eles vêm e vão no decorrer da vida. Mas o arrependimento é permanente; nós os carregamos para sempre. (...)"
Falarei mais da história deles não. Apenas que agorafobia é difícil e, para conviver com alguém que a tenha é necessário sentimento, compromisso. É necessário construir formas, ultrapassar barreiras, dedicação. Conviver com a agenda de pessoa não apenas ocupada, também. Flashes, estórias, tabloides... Há diversos momentos em que se reflete e questiona. Falar é necessário.
Que adentrem, vivenciem, cantem!
Eu que já não gosto de carta (óóhh! Kkkk! SQN), adoraria ter conhecido a "outra metade da laranja" através delas. Romântico, não acham? Ah, aviso que nem tudo é platônico. Há "interações físicas" e descrições nas cartas. Hahah!
Um abraço,
Carolina.
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