A garota que eu abandonei

Autora: Bia Carvalho 
Edição da autora. 
Publicado em jun/22
N° de páginas: 277 
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Finalizei a leitura às 03:12 da madrugada. Sempre reafirmo o quanto as estórias da Bia me tocam, comovem, incitam... Já sonhei, chorei, encantei e deliciei com confeitos roxos separados dentre todas as outras cores! ❤ Esta não mexeu comigo como as outras. A escrita, como sempre, é fluida. Por mais que o Rapha seja lindo, que a avó seja sábia, meu coração não... Momento?

Alan e Celine se amam desde sempre que se lembrem! São amigos e a certeza do que sentem é tamanha que em dado momento resolvem se separar para viver qualquer outra experiência, visto que são o primeiro amor um do outro e que passarão o resto das suas vidas juntos. Ela "fica" (sai, beija) com um rapaz amigo do irmão apenas uma vez e nem procura saber com quem o Alan saiu quando voltam. Estão juntos porque querem que assim seja e sentem que assim permanecerá.

O pai dela, prefeito da cidade, não gosta do Alan: ele é filho da doceira portuguesa que chegou na cidade nos seus dezoito anos mais ou menos. Se o desgostar se deve ao fato de ter tentado algo com ela na juventude, sem sucesso, quem saberá?!? Rs. Diz que o Alan é um ninguém insignificante, insuficiente. (Aparências...) A mãe dela faleceu anos atrás e o irmão é um idiota que se dizia amigo do Alan - SQÑ. 

O Alan foi criado apenas pela mãe. O pai é rico (disse que não estava preparado para ser pai quando ela engravidou) mas ele não divulga, apenas a Kitty sabe, quer nada com uma conta bancária que não é dele, não aceita além do necessário para pagar estudos e pede que diminua ainda mais a ajuda de custos quando começa a ganhar algum dinheiro ele mesmo. Ajuda na loja da mãe, com quem tem uma bela relação. Depois de crescido o pai quer que vá para o Rio mas ele não abandonaria sua mãe!

Má índole, interesses materiais... afastam o casal. O irmão dela, Chris, ajudado pelo amigo Marcos, cria situação inexistente, "documentada" com mensagens de texto enviadas do celular da própria Celine, as quais dão a entender que esta tenha cedido às vontades do pai, traindo o namorado. Ele a vê apagada, em outros braços e, apesar de achar estranho (ela nunca apagou assim com ele após seus momentos a dois), aceita como verdade. Uma semana sem conseguir falar com ela, vai pro Rio morar com o pai e passa a ignorar os telefonemas que recebe depois, sequer dá oportunidade de esclarecimento.

Ok. Armação. Certo, mexe. Há o orgulho ferido e tal, mas ele a conhece desde quando mesmo? Em poucos dias, a certeza de que nada nem ninguém os separariam escorre bueiro abaixo e, por mais que quem tenha que perdoar, aceitar, que ame ou... não seja eu, como assimilar que um cara de vinte e um anos, que já viu marcas de agressão do pai na amada por não desistir deles!, simplesmente aceita que ela "cedeu ao que o pai quer"? Outra vez, sei, o calor da emoção, choque, pode ser. Mas ela liga mês e meio depois dizendo estar grávida e ele nem sequer...? Como a mãe dele, a ex-namorada é deixada só e grávida.

Quase quatro anos passados. Um início de infarto o faz retornar para checar a mãe. 
Você tem que conferir a cara dele ao ver! 
Surpresa! Oi? Hein?... Uau! 
Passado trazido de volta. 
Sentimentos, ocorridos, influências, doenças... 
Olhe para o menininho sorridente e sorria de volta!

Já conhece ou leu?


Um abraço, 
Carolina.

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