Drácula

Autor: Bram Stocker 
Editora: Pandorga 
Publicado em 2019 
N° de páginas: 432 

Hmmm...

Nada de amor imortal... Reencarnação da  Elisabeth... Nem há Elisabeth! Há o conde, suas três crias, o Jonathan e sua amada Mina, a amiga-irmã Lucy e seus pretendentes e amigos, o dr. Van Helsing... Nada de amor que atravessou os séculos! Triste, ainda assim, Drácula! Rs.

A história é contada através de relatos, diários, datas... A Mina é professora órfã, noiva do Jonathan, que vai tratar de assuntos para a empresa em que trabalha junto a cliente na Transilvânia. 

Um enorme castelo!
Até chegar nele, vários pelo caminho do jovem fazem sinais, benzem-se, Jonathan ganha até um crucifixo! Crenças e medos. No castelo, nada de empregados. Portas trancadas e, apesar de tratado com cortesia a maior parte do tempo, ele sabe: é prisioneiro. 

O conde chega a tirar dúvida com ele: pode ter - e tem - diversos procuradores. E adquiriu diversas propriedades, não apenas a que comprou através da empresa do Jonathan. E a propriedade ao lado do manicômio está entre elas. 

O conde é noturno. Nunca come. Seu castelo não vê limpeza há tempos. Sai pela janela, como um grande lagarto, traz bebês para as suas concubinas. Servido por ciganos, que trazem e levam o que necessita... 

Cinquenta caixas com terra retirada do seu castelo, seu solo, são levadas para a Inglaterra e divididas entre as propriedades adquiridas. Ele descansa nelas. Assume a forma de névoa, morcego, cão... Os lobos o obedecem. Desgosta do alho e flores dele, cruz, hóstia... símbolos sagrados da igreja católica, dominante na época em que foi escrito.

Diferente das personagens as quais li em Drácula apaixonado, uma releitura pelos olhos femininos e onde o amor é real, atravessa vidas da amada, as daqui, do Bram Stocker, possuem um certo "código de honra" e estão comprometidos com a jornada, a caça e a ajuda, principalmente, da mulher que tomam para si como amiga, como irmã, querem proteger a amada Mina, que tem mente afiada e coração sincero e puro. Ela conquista a eles, que a amam - claro que não da mesma forma que o seu marido Jonathan.

Ainda assim, vi certo machismo em colocações, obviamente, como de se esperar de obra escrita em 1897, por um autor irlandês. Normal, não se pode criticar como se fosse escrito hoje - rs! E há muita mensão dEle. Mais que pedidos, os homens e a mulher, Mina, rogam a Ele bençãos, piedade, absolvição... Afinal, lutam contra algo antinatural, imortal, um mal.

Gostei muito da leitura, apesar da desilusão sofrida - rs. Amo o filme! Amo Gary Oldman! Atuações belíssimas do Hopkins, da Winona, Keanu, on. Não esperava ter a desconstrução do "Amor Imortal". O Drácula quis transformar a Mina como "punição", ela estava com os que o perseguiam! Ainda assim, impossível não me envolver!

Superindico!


Um beijo na fronte,
Carolina.


(A minha edição, a qual ganhei lacrada, presente de aniversário no ano do lançamento, veio com defeito, infelizmente. Entrarei em contato com a editora.)

Nenhum comentário