Jurassic Park

Autor: Michael Crichton 
Editora: Aleph 
Publicado em 2015 
N° de páginas: 528 


Que livro!... Há alguns momentos em que, para quem assistiu ao filme de 1993, cenas vêm à mente. Alguns.

Malcolm tem falas muito acertadas quando menciona que as pessoas acreditam ter mais poder do que realmente têm por suas condições financeiras ou... Esquecem que a natureza não obedece aos padrões que a sociedade adotou para "ser". A reflexão é instigada em incontáveis momentos.

A Lex irrita em tantas oportunidades que tentei me convencer de que se devia ao fato de ser uma criança... Tentei, mas não foi possível. Ela viu e passou por muito; sabe que a morte "pode estar logo ali" e NÃO cala, não para!!! E reclama, reclama, reclama... Demanda o que vê não ser possível no momento. Ali não se trata de idade ou maturidade, mas de ser mimada, pensei inúmeras vezes. Acabou de quase ser morta! Aff! (Rs.)

Pior que ela, penso, apenas o senhor sem qualquer discernimento, de 76 anos, que convidou os netos apenas como "tentativa de manobra" do sócio advogado que foi "vistoriar o empreendimento". Em dado momento ele se preocupava mais com os animais que criou que com os netos!!! Chega a maldizer ter chamado eles não pelo risco de morte que passam, mas por ser um "aborrecimento desde o início"! 

Uma ficção tão atual em características humanas que... 


Certo, você pode não ter assistido o filme ou ouvido falar dele... Vários "dinossauros" são criados em laboratório através do DNA presente em insetos  encontrados preservados em âmbar. Para dar a vida a tais animais, extintos há muito, foram necessários complementos em seus DNA, para os "espaços vazios" encontrados nos seus códigos genéticos. A intenção é fazer um tipo de parque temático.

O criador/idealizador do parque é o John Hammond. Ele contratou os serviços de alguns especialistas no início do projeto sem lhes dizer exatamente do que se tratava. Suposições, estudos históricos, etc. Anos depois, os convida para um final de semana na sua ilha particular: Nublar. Assim, o matemático Ian Malcolm, o paleontólogo Alan Grant e a paleobotânica Ellie Sattler vão parar na ilha, os dois netos de Hammond, Tim e Lex Murphy chegam depois. Gennaro, advogado, também vai. Alguns ataques estranhos ocorreram na Costa Rica, país de onde a ilha foi comprada e ele necessita, como exigência da empresa e dos investidores, assegurar a segurança do empreendimento.

Tudo parece que correrá tranquilamente. A apresentação do projeto, como foi geneticamente possível, é feita; o passeio principal programado. Mas, novamente, falha humana... O programador do sistema do parque, Nedry, acaba fazendo um acordo com uma companhia rival da InGen e se vende - oops! -, vende 15 embriões, um de cada espécime. Para garantir o acesso e planejando a entrega, planta um "bug", acessando uma "porta dos fundos" que deixou para ter livre acesso a todo o sistema do parque e, claro, as coisas fogem ao controle!

Apenas fêmeas no parque... enxerto anfíbio... natureza seguindo seu curso e propiciando a vida... procriação fora dos laboratórios, segurança perdida, telefones inviabilizados, eletricidade, animais a solta... O Hammond? Sorvete. Continuamente no díscurso de que seu sonho é seguro, tudo foi planejado, nada pode sair do controle DELE. Em dado momento ele desfaz até de trabalhadores do parque. Quando "o bicho está pegando", culpa o engenheiro, o cuidador dos animais, o programador, as crianças, Malcolm e sua teoria... Só não admite as falhas do seu projeto!

Advinha? Exato! Ele foi um dos que não saiu da ilha com vida. 

Certos trechos foram difíceis de ler, desde o início. Omissões em relatórios iniciais foram feitas por "não achar relevante" - é um relatório, relate tudo! Quem ler decide o que é relevante ou não! Atribuições de síndrome da morte súbita infantil para garantir não ter de assumir qualquer culpabilidade... Ausência de análises.... Assunções...

Somos deuses? Nossa vontade sobrepõe a vida? Necessário a reflexão e, claro, seguir a leitura, com o segundo livro! Rsrs.


Um abraço,
Carolina.

Nenhum comentário