Deixa ela entrar

Autor: John Ajvide Lindqvist
(Låd den rätte komma in)
Editora: Globo Livros (Alt)
Publicado em 2012
N° de páginas: 504


Já sabem: vampiro... assisto! Foi assim que tive o meu primeiro contato: versão de 2011 com a Chloë G. Moretz. Então fiquei sabendo que teve adaptação anterior, sueca, a qual ganhou 58 prêmios! - Queria assistir esta, de 2009 (no Brasil)! Adentro a livraria e... livro com o nome..? 

Sim, filme foi baseado em livro!
(Mas, Carol, quase sempre é! Ok, quase!)

Gostei. Há explicação para um detalhe que não entendia bem no filme... De certo que a quantidade de nomes suecos (pessoas e locais) por vezes me deixou um tanto... Falta do hábito. Percebam que coloquei o nome original acima, um vislumbre. Se observarem o sobrenome do autor... Rsrs.

São muitas personagens ou são os nomes diferentes?.. Não sei. A leitura foi um pouco lenta, por mais que a história seja ótima! (Momentos meus também. Rs.) Conhecemos um pouco de Blackeberg, em Estocolmo, onde moram crianças "normais", frequentadoras da escola, que praticam ou sofrem bullying... e adultos "normais", que trabalham, bebem, separam-se, desatentos ao que não lhes é de interesse... (O mesmo quanto às crianças.)

Bebida... alguma droga... A polícia e suas visitas às escolas. O Gunnar Holmberg, por exemplo, é da polícia de Vällingby. Admito, registrei este momento apenas para vislumbrarem nomes! Kkk! Certo, sem minúncias. Escola do Oskar. Ele é perseguido pelo Jonny Forsberg e dois amigos dele, Micke e Tomas - sempre! Humpf! Por vezes ele "revida" no tronco de uma árvore próxima ao seu prédio, extravasando, com um canivete... É quando ele 'esbarra' em Eli.

Ela mora com o Håkan Bengtsson e o Oskar acredita ser ele o seu pai. Primeira estranheza que tive. Aos olhos do Oskar, Eli é tratada por "elA"; aos do Håkan, "elE". Como já devem imaginar, não são pai e filh@. O adulto é meio... (tá, ele é pedófilo!) Ele tem uma fixação por Eli e sente ciúme quando el@ começa a conversar com o Oskar. Foi "pego" para ajudar, um adulto, humano. Isso mesmo, Eli não é human@. Pensei ser este o motivo de ter dito ao Oskar que não era nem menino nem menina... Mas há mais "caroço nesse angu" e tem a ver com antes da sua transição. 

O livro não traz apenas sobre eles, óbvio. Conta muitas histórias, pessoas que naquele subúrbio vivem, morrem... O uso de entorpecentes por crianças e pré-adolescentes, seus 'mundos'. O Håkan logo é pego e joga ácido em si, acreditando que morreria. Fica desfigurado. Não há digitais... Mas ainda há como investigar! Inclusive, achei que ficou algo... ao término da leitura.

O ano é 1981. Garotos provenientes de lares desfeitos, vidas focadas em fugas além do compromisso da escola. Há o grupo no qual um membro fala com o Oskar (existe alguma amizade ou camaradagem) que usa o abrigo antiaéreo do porão dos prédios. Lá tem o "contrabando" deles. Revistas de mulheres peladas, bebidas, substâncias como cola e etc, eletrônicos... 

Elias está tão solitário quanto o Oskar, seu primeiro amigo em 200 anos. Mostra algumas lembranças para ele. Queria poder viver! Não escolheu. Comoveu-me. E pretendo nada mais dizer sobre para que você também se surpreenda. Óbvio, momentos crus, todavia, outros de certa beleza. Valeu muito a pena ter encontrado e lido esse livro e eu te convido!



Um abraço,
Carolina.





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