Autor:
Thomas Harris
Editora:
BestBolso
Publicado em 2010
No. de páginas: 390
“Cinco mulheres são brutalmente assassinadas em diferentes localidades dos Estados Unidos. Para chegar até o sanguinário assassino, a jovem agente do FBI, Clarice Starling, entrevista o ardiloso psiquiatra Hannibal Lecter, cuja mente psicopata está perigosamente voltada para o crime. Ao seguir as pistas apontadas pelo Dr. Lecter, Clarice envolve-se em uma teia mortífera.”
(Hannibal
tem apreciação pela agente em treinamento e interesse nas informações “quid pro
quo” pessoais. Ela tem uma história que ele vê, quer detalhes...)
Clarice
Starling, na academia do FBI, já com duas formações (psicologia e criminologia)
e aspirando trabalhar no setor de ciência do comportamento, é dedicada,
destacada pelo seu desempenho e notas. Seu pai foi um guarda e morreu quando
ela era criança. A mãe a mandou para morar com familiares, apesar de ela a
ajudar no trabalho. O rancho no qual foi viver era usado para sacrificar
cavalos e cordeiros. No filme de 1991 foi dito que ela tentou salvar uma
ovelha, mas na verdade ela fugiu com uma égua cega que seria sacrificada.
Então, cresce em orfanato mas, já adulta, ainda acorda com pesadelos, ouvindo
os gritos dos animais.
O
renomado agente Crawford solicita dela um trabalho a ser cumprido nos poucos
horários livres da academia: entrevista/questionário para banco de dados –
perfil psicológico de assassinos em série. Sujeito: Hannibal Lecter, que se
recusou mais de uma vez a colaborar.
“Lecter é um psiquiatra e escreve para jornais de psiquiatria, artigos extraordinários, mas nunca sobre suas próprias anomalias. (...) Quando Lecter falar com você, lembre-se de que está tentando descobrir algo sobre você.” – p.14-5
Não
chegar perto; passar nada para ele; se o fizer, nada de clips, grampos, canetas,
etc. Inúmeros cuidados! Andar no meio exato do corredor entre as celas. No
final, a cela do Lecter, com uma segunda barreira, com forte rede de náilon do
teto ao chão. O guarda, Barney, entrega a Starling a correspondência do
Hannibal. Educado e gentil, o Barney – em oposição ao diretor da instituição, o
Chilton, um cretino que após cantar a Clarice (sem sucesso) torna-se “difícil”,
deselegante, arrogante... É detestável – tem a apreciação do doutor cativo.
Apesar
do “merecido” apelido (Canibal), Hannibal preza a cordialidade, educação, bom
gosto, inteligência... O questionário não é respondido, mas após a agente ser
atingida por esperma de um dos pacientes que se masturbou enquanto ela estava
conversando com o doutor, ele a chama de volta e menciona o carro do
ex-paciente Raspail (colecionador).
Em
um depósito trancado há tempos a Starling encontra o carro, a cabeça do Klaus
preservada em um recipiente e diversos cartões do dia dos namorados. Enquanto
isso, Búfalo Bill continua matando. Vítima é encontrada em um rio, esfolada.
Crawford chama a Clarice para a “prática florence”. Fotos, estudos... e uma “sombra”
dentro da boca da vítima: um casulo de uma mariposa “especial”, rara, criada e plantada
propositalmente lá. Retorna à cabeça do Klaus e encontra outra.
Nova
visita ao Lecter, pistas visando direcionar... Pede a ela o dossiê do caso para
ler. E, então, a filha de uma senadora é raptada no estacionamento em frente do
local onde mora ao tentar ajudar alguém que pensou ter o braço quebrado. Sua
blusa é encontrada rasgada – ‘assinatura’ do Búfalo Bill.
Chilton
apronta... Lecter é transferido e não mais cuidado pelo Barney... Com mudanças,
mandam que a Clarice retorne para a academia e devolva a carteira de
identificação provisória do FBI, a arma... Mas ela consegue “driblar”
brevemente e chegar ao dr. Hannibal, que devolve a pasta do Búfalo Bill quando
ela é levada embora.
Búfalo
cobiça... Para cobiçar é necessário avistar... A disposição dos raptos e
descartes dos corpos parece querer deixar transparecer, EXAGERADAMENTE,
aleatoriedade...
O
decorrer da investigação envolve. Claro que já tinha assistido ao filme quando
criança mas não se compara. O livro traz mais e não tem como largar até o
final! Sim, sabemos que o Lecter fugirá! E ele irá atrás do diretor que o
vendeu e... carta:
"E então, Clarice, as ovelhas pararam de balir? Você ainda me deve uma informação, como bem sabe, e isso é o que eu gostaria que você fizesse.
Um anúncio na edição nacional do Times e no International Herald Tribute no primeiro dia de qualquer mês será ótimo. É melhor publicá-lo também no China Mail.
Não ficarei surpreso se a resposta for sim e não. Por enquanto as ovelhas vão ficar quietas. (...)
Não faço planos de procurá-la, Clarice, o mundo fica mais interessante com você dentro dele. Certifique-se de estender-me a mesma cortesia. (...)” – p.388
A
carta do Lecter me faz pensar...
Ah,
sim, outros livros do Thomas Harris:
Dragão vermelho (1981);
O silêncio dos
inocentes (1988);
Hannibal (1999); e
Hannibal, a origem do mal (2006).
Convido
a conhecer o Dr. Lecter, mas, lembre-se, poderia dizer que para chegar até ele
deve andar no meio exato do corredor... mas ele está livre e aplicou silicone
injetável no rosto... Reconhecer fica... Seja sempre educad@, agradável... E
não mexa com a Clarice, sim?!
Um abraço,
Carolina.
---------------------------------
Foi uma boa adaptação, mas o livro... 😉
ResponderExcluirAnthony Hopkins e Judie Foster... <3
ExcluirThomas Harris...! Hannibal é bem diferente do filme.