Autora:
Bia Carvalho
Editora:
Era Eclipse
Publicado em 2015
*
“INGLATERRA, 1863Uma bela e delicada mulher com inteligência aguçada para investigação...Um charmoso caçador de assassinos tornando-se lenda por eliminá-los com requintes de crueldade...Um assassino que deixa charadas, com sede de sangue e um gosto peculiar por Edgar Allan Poe...Um romance arrebatador e sensual entre um homem misterioso e uma mulher à frente de seu tempo; um suspense gótico e cheio de tensão do começo ao fim.”
Não
consegui parar. Se fiz descobertas desde o início? Claro. Principalmente quanto
a identidade do Caçador mas... Não teria sido este o intuito?!?
Soprar... Soprar... e como derrubar um homem
desses??...
Rs.
Quanto à demora da Maryanne “descobrir” quem o justiceiro era, ela mesma o confessa em dado momento: parece que não queria ver. Não queria perder a atmosfera do desconhecido?... Claro, ela queria que ELE se revelasse para ela, confiasse...
Quanto à demora da Maryanne “descobrir” quem o justiceiro era, ela mesma o confessa em dado momento: parece que não queria ver. Não queria perder a atmosfera do desconhecido?... Claro, ela queria que ELE se revelasse para ela, confiasse...
Já
o assassino...
Surpreendeu-me.
Tinha conjecturado mas... não quem era ou... jamais imaginaria tal desfecho!
Ficamos sabendo de homicídios anteriores e... Pista falsa? Um ‘copycat’?...
Imaginamos se é real – apenas lendo e estando atento aos detalhes. Se eu fui
enganada? Ou o Lestrange? Ou o duque?...
Comecemos
do início: Joseph Lestrange é um ex-inspetor da polícia de Sorenhill e atual
detetive particular, sempre procurado pelos ex-colegas quando necessário,
afinal “... a polícia não iria dar conta de tudo sem um mentor.” (182). Ele é o
pai da Maryanne (por vezes o ajuda), que é amiga da primeira vítima para a qual
chamam o seu pai.
Bilhete
em pergaminho com fita vermelha – palavras do escritor/poeta Edgar Allan Poe:
“A perversidade é um dos impulsos mais primitivos do coração humano.”
E,
pergaminho sobreposto... mensagem escondida:
“Decifra-me antes do amanhecer do terceiro diaOnde fartam os corvos, se perde também a inocência.” – p.14
E
então, a cada corpo, bilhetes são encontrados pelos Lestrange e não são entregues à polícia... pois seria perda de
tempo! E, à
medida que a investigação corre, a vida corre... E a Maryanne (bela, inteligente, sarcástica, teimosa...) trata de
afugentar todo e qualquer pretendente que aparece. Afinal, sabe:
“Nenhum homem em sã consciência poderia ter vontade de casar com uma moça que sabia mais do que ele...” – p.25
O
Duque de Wallfair (Darren Carmichael) parece se divertir com as tentativas da filha
do ex-inspetor de “enxotá-lo” e fica intrigado. Em um baile, pede uma dança. Na
rua, “esbarra” com ela... Demonstra atenção, apreço... (E gosta dos "embates"! 😊)
Há
sombras... muitas sombras. Poe conheceu a morbidez delas em versos – as vítimas,
em seus últimos momentos... Investigadores são envolvidos em um redemoinho...
são tragados mais e mais a cada curva.
Eles
descobrem... Nós descobrimos. Percebem luz... enxergamos. Caçadas internas e
externas em páginas de confortável leitura e detalhes nos inícios dos capítulos
(diagramação). Sim, a capa chama, bem como certos olhos azuis que em momentos
de chamas enlaçam outros olhos – não piscamos.
Um abraço,
Carolina.
Carolina.
⚘
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