As crônicas de Bane

Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Publicado em 2014
N° de páginas: 392
“Nesta edição ilustrada, são narradas as mais diversas aventuras do feiticeiro imortal Magnus Bane. Entre escapadas no Peru e resgates reais na Revolução Francesa, acompanhe fragmentos da vida do enigmático mago ocorridos em diversos países e períodos históricos, com aparições de figuras conhecidas como Clary, Tessa, Will e Alec, personagens de Os Instrumentos Mortais e As Peças Infernais.”

  Bane 
Como não amar o feiticeiro com olhos em fendas de gato que, apesar de ter tudo para... (filho de quem é), tem um grande coração!?
“Você é sarcástico 12 horas por dia, mas quase nunca é maldoso. Tem um bom coração por baixo de toda essa purpurina.” – p.342, Catarina.
De início não queria escrever sobre este livro. Isso não se deve a minha edição de colecionador ter sido a primeira e ter uns errinhos aqui e ali ou ao papel (poroso! Livro novo, lacrado, manchado. Oh, meu Bane, faça um feitiço!) Por que, então? Esperem, sei que ele tem centenas de anos de idade*, sua vida não começou com o Alec! Contudo, além dos contos os quais os dois aparecem, apenas os das relações do Magnus com o Rafael e com os caçadores de sombras com quem teve algum nível de amizade, bem como seus descendentes, me “tocaram”. 

Peru... Ragnor Fell... Catarina (é uma amiga, de certo!)... Tessa... “Aventuras”... Mas, ainda assim, com tanta vida celebrada, vivida...
“E ficou surpreso ao aceitar o convite.” – p.345

Saber como foi, o nervosismo do Alexander, o coração tocado do Magnus...
"Para começar, Alec apareceu e agradeceu a Magnus por ter salvado sua vida. Pouquíssimos Caçadores de Sombras pensariam nisso. (...) A maioria dos Nephilim teria pensado antes em agradecer a um elevador por chegar no andar certo.” – p.346, Magnus, Kkk!
O Alto (e Magnifíco!) Feiticeiro do Brooklyn tinha motivos para sequer olhar ou ter ajudado um Lightwood: o círculo...
“Eu aceitei por causa dele.”
Em tantos anos, tant@s amantes, algum@s companheir@s... Glamour... Diversão. Não chamou a atenção o ouro mas...
“...Alec era prata: tão acostumado com todos olhando para Jace que era para ele que também olhava; tão acostumado a viver na sombra de Jace que não esperava ser notado.” – p.349
E, quando foi, por Magnus Bane:
“Observou-o com olhos arregalados, encantado por ser observado.” – p.351
Não só o primeiro encontro deles, mas quando o feiticeiro lembra a primeira vez que o viu, na sua festa, Clary, o amigo mundano, o garoto dos olhos dourados e os irmãos Lightwood.
“Alec estava no fundo do grupo, não fez qualquer esforço para chamar a atenção. (...) Então Alec sorriu ao ouvir uma das piadas de Magnus, e o sorriso iluminou seu rosto sério, deixando os olhos azuis brilhantes e, por um instante, tirando o fôlego de Magnus.” – p.282
Nem precisava explicitar o quanto gosto do casal, precisa?!?.. Tá, já disse! Rsrs... (Há Amor, cuidado... sentimento. 💜)

Para ser justa e exemplificar mais do coração e da alma (a qual tentaram convencê-lo quando mais novo de que não tinha!) do “homem purpurinado que é amigo do Simon” – palavras da rainha (temporária) Maureen, do clã vampiro de Nova York, deixadas por Rafael na secretária eletrônica do Bane –, o conto que fala do início da vida 'noturna' do Rafael, 15 anos quando transformado... Como a mãe do rapaz foi até o feiticeiro e ele, tocado pela determinação da mundana, foi atrás, arriscou-se até o ninho, impedindo o suicídio, provendo abrigo... Eles podem ter estilos de vida diferente, discordar um do outro, mas há respeito e, a força de vontade e empenho do Rafael é admirada, mesmo que não explicitada, pelo Magnus. 


(Admito: sentimentos envolvem!)

Um abraço,
Carolina.
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* Ninguém sabe quantos e foi dito em um dos contos se duvidar que o próprio Magnus lembre, já que sempre a mentiu! Kkk! O primeiro conto se passa em 1791, ele estava de férias há 30 anos... 700, 800, 300... Quem sabe? O amor sempre o rejuvenesce! 
 

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