(Sob pseudônimo de George Egerton)
Editora: Galuba
Publicado em 2022
N° de páginas: 24
Quando paramos para refletir como era antigamente, quando a "mulher" (por vezes adolescente) desconhecia o que ocorreria consigo após o casamento... É inimaginável. Você se perceber, repentinamente, obrigada a "cumprir com deveres" que desconhece, e o parceiro sem ter o mínimo de cuidado. Na maioria das vezes era um estupro legalizado.
A personagem traz tal revolta em si. A realidade cobrou dela, levou o que tinha de mais belo, deixando-a ressecada, ressentida. Ela cobra da mãe ter sido "jogada", no escuro, nesse "compromisso". Injusto, sim, mas as mães também passaram por tal "surpresa" e era exigido que ficassem em silêncio.
Esta mãe, em particular, estava já sem o marido, falecido. Então, talvez, se fosse mais corajosa, poderia ter tido "a conversa" com a filha visto que não teria quem lhe cobrasse a omissão.
Complicado. A mulher não tinha voz, ou vez, nem era levado em consideração seus sentimentos ou a agressão para o corpo físico, indo além, na "alma". Não conseguiria viver como naquele tempo, sem poder dizer não ou me espressar.
Um conto sem floreios. Mostra uma jovem mulher que busca o cessar de tal agressão e que se sente "traída", tendo a necessidade de por para fora, expurgar, para seguir adiante.
Uma leitura breve e interessante, de uma autora que, como muitas, usou um pseudônimo para publicar. Ao final do conto há uma breve bibliografia da autora que é bem interessante.
Gostei, realmente.
E indico.
Um abraço,
Carolina.
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