A filha primitiva

Autoria: Vanessa Passos
Independente
Publicado em 2021
N° depáginas: 94 (e-book), 176 (físico, J.O.)
Disponível pelo Audible


Como estamos neste último dia de janeiro? Espero que bem! Por aqui, A filha primitiva, pelo Audible, escrito por Vanessa Passos, independente, publicado na Amazon em 2021. Ele está também no Kindle unlimited. Ele foi vencedor do Prêmio Kindle de Literatura (2021) e do Prêmio Jacarandá (2022). 

Por mais que precise realmente me concentrar quando ouço, para não me distrair (e, admito, em um capítulo precisei reiniciar para não me perder 😅), este me prendeu. 

Não foi apenas a situação recorrente - e quantas vezes não presenciei mulheres, adolescentes... que engravidaram, foram submetidas, distrairam-se com datas (quando utilizando anticoncepcionais), e se viram enfrentando sozinhas, com ou sem o auxílio da mãe ou pessoa/s da família? - mas pela bagagem.

Sempre há bagagens! Porém umas são maiores, podem estar desgastadas e com remendos... Mãe-avó, filha-mãe, filha-bebê. Pais ausentes. Árvores genealógicas não preenchidas em exercício de escola. Ressentimentos, tristezas, dores... vida. Ouvi de "ser" em kdrama que o que define a humanidade é o sofrimento... Precisa por vezes o fardo ser tão..? - Sempre questionamos.

O que define "ser mãe"? 
É o parto? A amamentação? 
Qual o sentimento? 
Quais as dores? Que cuidados?
E os preconceitos... 

Uma história triste que pode ter ocorrido ao seu lado e você sequer ter percebido. Pode ter sido consigo, família, vizinha, amiga... Quem são? Quais marcas deixam? Sensível. 

Há mais que possa ser ressaltado. A filha-mãe quer saber quem foi/é seu pai. A mãe-avó nunca contou - e há motivo. Dor. Humilhação. Por ser mulher. Por ser negra. Por ser adotiva, empregada e não realmente da família... E ainda mais. Mas deixarei para que observe durante a sua leitura.

A história nos toca, mesmo que não tenhamos passado por nada parecido, por sabermos existir, por estarmos ouvindo/lendo, sermos empátic@s...

Superindico.
 
Apesar de tanta sombra, 
há o contraste, a luz. 😉


Um abraço, 
Carolina.

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