Era uma vez a princesa

Autoria: Lygia Camelo Santiago 
Herdeiros de Briathar, 1 
Edição independente 
Publicado em 2023 
N° de páginas: 294 
 

Muito foi comentado em grupo sobre as atitudes da princesa Laane. Gosto de tentar "me colocar no  lugar":  "E se fosse comigo?..."  

Concordo com a omissão de uma informação mais que importante ao Jonathan?  
*Não*   
Se fosse a "fugida" de uma vida com privacidade zero, sem poder viver sem pensar na repercussão, na família... fugida de paparazzis, vivendo um amor como não poderia no meu país, gostando de ser a "Desconhecida" e não podendo simplesmente aceitar o pedido de casamento - afinal teria que retornar para Briathar... Medo - ou receio - certamente faria diferença. Descobrir-se grávida após término também deve ter assustado. E adoecer.  

Não tentar contato, avisando, ao descobrir a gravidez foi falha imensa? 
*Sim*  
Vários "E se...?" viriam à mente.  Surpreendeu a família, decerto. Sobreviveu? Claro. Sobreviveu a coisas piores, sendo apontada enquanto criança pelos coleguinhas que a chamavam de bastarda... Sentiu-se "largada". Cresceu. Teve amor do pai, da mãe que a criou, dos irmãos, da melhor amiga que a defendeu na escola. 

E todos amam a Isabella!   

Creio que as atitudes dela para com a mãe foram piores. Afinal, a mãe a teve com dezoito anos, tinha um pai que era opositor à existência da família real - conseguir tê-la já foi... Não deixariam que ela ficasse com a sua bebê. Era a entregar para o pai e a esposa dele criarem ou iria para adoção. Criada no castelo seria amada e nunca passaria por dificuldades. Entendo a Beatriz, forçada a deixar não o país, mas o continente, casando-se por lá, acordado pelo pai. Quando estava na França soube, ainda, que seu pai, separado, casou-se com a sua mãe biológica.  

🎶 E agora, José? E agora?...🎶 Rs.  

Como se sentiria enquanto jovem estudando História da Arte na França? 
E enquanto a jovem mãe com afazeres vigiados 24/7 por repórteres? 
Será que ligaria para o homem que ama logo depois de terminar tudo, pensando ser impossível, e diria estar grávida? 
Será que não temeria?...

E o Jonathan, que prioriza sentimentos, sendo você, daria vazão a eles ou guardaria rancor? 

"(...) mesmo que não haja garantias de que vai dar tudo certo (...) Eu tive raiva (...) Aí você me mostrou que é a minha Gwen, a minha Desconhecida..." 
(Sim, fragmentei. Achou que colocaria a fala inteira? Perderia a emoção quando a lesse pela primeira vez! Hahahah)

Certamente você apaixonar-se-á pela criança de quatro anos de idade!!! - rsrs. [Yep, mesóclise para impactar! Kkkk.]

O que pensamos ser o certo quando não inseridos na situação nem sempre permanece quando ocorre conosco. Já vi, ouvi, senti. A própria se questiona. Algumas questões só começam a "desenvolver" de verdade quando certo ocorrido a faz indagar - e se predispõe a tentar. Sempre tentar. Erros e acertos ocorrem quando o fazemos. 

Discordo. Contudo, julgar certos atitudinais...  Prefiro não. (Não quer dizer que não o faça com questões outras.) Mas é sempre gostoso quando sentimentos emergem e sobrepõem.   

Amei a leitura e já baixei o conto de natal!   


 Um abraço, 
Carolina.

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