Eu sou a lenda

Autor: Richard Matheson 
Editora: Aleph 
Publicado em 2015 
N° de páginas: 382 


Li e li, até finalizar! Obviamente de início comparava ao filme e diferenças... Semelhante? Solidão, ansiedade, pensamentos erráticos. Mas logo a estória se sobrepôs e a película foi deixada de lado. 😀 

Robert Neville está em uma situação um tanto quanto sensível e complicada. Sensível por estar sozinho em casa, na rua, no bairro, na cidade... no mundo, talvez? E complicada porque... bem, ele "não está". Há os mortos e os infectados, que batem todas as noites à sua casa junto ao vizinho Ben, que o chama para sair.

Sim, leu corretamente: infectados.
"Era estranho o que sabia a respeito deles: que ficavam abrigados durante o dia, que evitavam alho, que morriam por meio de estacas..." - p.48
... tempestades de poeira... mosquitos... lembranças... ninguém sabia o que era inicialmente... Virginia sem vontade ou ânimo... cansada... Kathy, filha, cremada...

Composições, leituras, desespero, bebida, ataques de raiva, busca... rotina.
Ser imune à infecção não ajuda quando se está só.
 
Bactéria? - Não era vírus. 
Germe. Bacilos - esporos... 

Três anos em "loop": inspeção diária. Reparos na casa. Retirada de corpos. Visitas a algumas casas, uso de estacas. Luz solar. Embriaguês. Chamada do vizinho à sua porta: "Neville, abra a porta!" Sinfonias. Uísque. Questionamentos...

Como acredita que seria viver se estivesse no lugar do Bob? Não entender o que ocorreu, querer fazê-lo para... um motivo? Seguir adiante? O que funciona? Por quê?... Crenças. Reviver memórias em busca. Sofrer. Lendas literárias à porta, organismos infectados. 

Acreditar? - No quê?
Confiar? - Em quem?
Pertencimento... Onde?
O que/Quem é (a)normal?


Um abraço, 
Carolina.

Nenhum comentário