Encanto Egípcio, 1
Editora: Freya
N° de páginas (ebook) 363
Publicado em 2020 / 2022
Att: pode ter gatilhos
"As batalhas mais exaustivas são as que acontecem no silêncio de nós mesmos."
"De todas as armas que enfrentou, o amor foi a pior delas, a única que o acertou sem que ele pudesse se defender."
Todos nós carregamos nossas bagagens interiores, independente de onde estejamos ou para onde partamos. Até que certas pendências sejam resolvidas, fantasmas nos assolam, aprisionam, castram.
A leitura foi fluida; sorri, gargalhei alto em dados momentos, solidarizei-me em outros...
Zaya foi punida pelos seus atributos físicos. Bela e doce, cativante e inocente, foi assediada por um dos onze irmãos e culpada pelo pai, que não se conformava com a partida da mãe dela. Foi vendida para o templo das sacerdotisas do faraó de Astarte para se tornar uma das esposas do deus Amon-Rá. Almeja a liberdade enquanto é sempre punida por uma grã-sacerdotiza.
Do templo, se pudesse sair, Zaya levaria apenas as duas amigas, "irmãs cultivadas pelos anos", Darissa e Norvina. E foi o que ocorreu, em um golpe de sorte, quando a rainha consorte Zahara apareceu por lá, na sua viagem em busca de uma esposa para o seu primogênito já há nove meses. Viu tantas mulheres, por todos os lados! Mas foi Zaya, uma fala sua para irmãs ouvida pela esposa do faraó, o que esta viu ao olhar para a noviça, que selou seus destinos.
Riqueza e título são nada! O "teste" seria a firmeza que deveria mostrar frente a um príncipe que estava sendo forçado a casar e não aceitaria cordialmente. Ah, criaria obstáculos e a rainha fez questão de avisar a futura princesa consorte.
O que a mãe desconhecia, o que ninguém tinha como saber, é que Áster já conhecia a Zaya através dos sonhos que tinha já há sete anos! Ele nunca os partilhou mas sempre a buscou nos rostos de cada mulher, toda e qualquer messalina com a qual esteve, as quais degustou e desfrutou em suas longas "comemorações", para as quais levava os irmãos.
Palavras ditas que doeram e ainda doem. Rejeições. Traumas. Palpitações.
Descrenças. Medos.
Temor de se abrir ao desconhecido.
Receio de sofrer.
Terror de não merecer.
Tremores... arrepios... Pavor.
Olhares que falam.
Destino do qual não se pode fugir.
Convido a conhecer a família do faraó, as amigas/irmãs da Zaya (uma persa e a outra, creio eu, espartana), Aslan (e em tal momento lembrei apenas de Nárnia! Hahah - O que foi? Verdade! Rs.) 🐾
Um abraço,
Carolina.
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