Dezesseis

Autora: Rachel Vincent
Editora: Universo dos Livros
Publicado em 2017
N° de páginas: 240


"Em um mundo em que todos são iguais, uma garota se destaca por sair do padrão. Uma história promissora e de ritmo acelerado, escrita por Rachel Vincent, autora best-seller do The New York Times. “Nós temos cabelos castanhos. Olhos castanhos. Pele clara. Somos saudáveis, fortes e inteligentes. Mas só uma de nós já teve um segredo.” Dahlia 16 vê seu rosto em toda multidão. Ela não tem nada de especial – é apenas uma entre as outras cinco mil garotas que foram criadas visando o bem da cidade. Ao conhecer Trigger 17, porém, tudo muda. Ele a considera interessante. Linda. Única. Isso significa que ele deve ser defeituoso. Quando Dahlia não consegue parar de pensar nele – nem resistir a procurá-lo, ainda que isso signifique quebrar as regras – ela percebe que deve ser defeituosa também. Mas, se ela for defeituosa, todas as idênticas também são. E qualquer genoma com defeito descoberto deve ser recolhido. Destruído. Ser pega com Trigger não apenas selaria o destino de Dahlia, mas o das cinco mil garotas com o mesmo rosto. No entanto… e se Trigger estiver certo? E se Dahlia for mesmo diferente?"


Minha primeira experiência em ouvir um livro tinha que ser um o qual eu já tivesse vontade de ler mas que por um motivo ou outro não o tivesse feito. O que sabia? Disseram-me se tratar de uma distopia. (Já comprei audiobook uma vez... dormi das duas vezes que tentei ouvi-lo. Passei adiante. Rs)

A história da Dahlia 16 e do Trigger 17 cativou desde o início. - Certo, admito, não é bem "a história deles", mas de uma cidade regida de forma a "buscar a excelência e eficiência", o melhor para os cidadãos. Cidadãos estes que não são aquelas pessoas que foram produzidas, cresceram, aprenderam um ofício. Sim, produzidas... por geneticistas... em um laboratório. Cada genoma, 5.000 unidades.

"Na biotecnologia, ou biologia tecnológica, o genoma resume dados transmitidos de uma geração de seres vivos para outra, armazenados em um organismo através de uma linguagem de códigos, mais precisamente no seu DNA, uma espécie de roteiro orgânico molecular que traz em si todas as orientações genéticas que supervisionam a evolução e a atuação de todas as entidades vivas e de determinados vírus - nestes o RNA assume este papel.
(...) ele é a totalidade dos genes presentes em um ser vivo; (...)"

Será que uma produção anual em massa, ensinando ofícios... é para o bem de todos? Porque a Dahlia planta mas nunca comeu algo que tivesse plantado, seus frutos, legumes, etc. Eu achei isso... quando soube! E a fascinação dela por uma cenoura selvagem, um amendoim, maçã... não cultivados ali, presenteados pelo Trigger em diferentes momentos, a fascina - claro, não tanto quanto ele próprio! Rs.
Com o decorrer da história e, principalmente, na reta final, fica claro: objetiva servir a um propósito (você terá que ler, é claro)! Intriga-me...

Sim, há questões sociais. A "anomalia" da Dahlia 16 faz com que descartem as outras 4.999 pessoas que compartilhavam de seu genoma, mesmo tendo sido realizados testes que atestavam que não possuíam anomalia alguma. A Dahlia possui duas: não chegam a mencionar quais, mas imagino...

Eles não podem socializar. Toda a rotina é predeterminada de forma a serem "eficientes", "eficazes"... Tais "unidades" não mentem, obedecem... Há outras questões.

Começou com uma pane elétrica, ficaram presos no elevador o cadete Trigger 17 e a cultivadora chamada pela administração, que pensava em conceder-lhe a posição de instrutora após se formar por ter seu trabalho elogiado por todos os professores, a Dahlia 16. Ela se destaca - mas não pode se envaidecer disso. Quando ela está prestes a hiperventilar de pânico com o elevador parado, luzes de emergência acionadas, sem câmera... terminam por "socializar". Perguntas... respostas... comentários... E o resultado disso: um não consegue esquecer o outro.

Trigger também se destaca e o seu treinamento é completamente diferente do dela, já que é cadete. E um hacker. E a faz prender a respiração... coração palpita... Ele é inteligente e bola um meio de se verem sem câmeras captarem... E deixa a cenoura... E entrega o amendoim... E também a procura com o olhar e a distingue em meio a multidão de 5.000 iguais. 

(Fofo? Rs)
"Quero ouvir sua voz... Ver sua boca formar palavras..."
"Por que deixá-lo feliz me faz tão bem?"
Mas tais características "não fazem parte do lote". As suas irmãs não sentem... nem a curiosidade dela, nem a ânsia ou o palpitar...

"Está claro que sou um defeito, e o mundo não tem lugar para defeitos." (cap.7)

Quando conhece o seu geneticista, faz perguntas... Ela não foi feita para o lote, foi uma "encomenda" de alguém de outra cidade... Pediram a ele que produzisse o genoma e ele modificou sua criação, mas enviou a unidade errada, ao que tudo indicava... 

Hein? 

Após descoberta da anomalia da Dahlia, da "socialização" dela e do Trigger, eles começam a ser procurados, as outras 4.999 são descartadas para que a confiabilidade do genoma não seja abalada, a Dahlia o fica!... Abalada! E, nessa fuga, descobrem algumas coisas que ainda não fazem sentido, estão pela metade, precisam de mais peças para o quebra-cabeça!

Eu preciso das demais peças, pois shippo de verdade esses dois e quero checar se algumas das coisas as quais pensei conferem. Dependo apenas da editora dar continuidade à publicação... Please, Universo dos Livros!!... Rs.

Convido-@s a adentrar esta distopia, apenas cuidado para não serem confundidos ou terem seus genomas modificados e produzidos em alta escala! ;)


Um abraço, 
Carolina.

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