Editora: Intrínseca
Ano de publicação: 2016
No. de páginas: 64
"Uma jovem ganha a vida praticando pequenas fraudes. Seu principal talento é a capacidade de dizer às pessoas exatamente o que elas querem ouvir, e sua mais recente ocupação consiste em se passar por vidente, oferecendo o serviço de leitura de aura.Certo dia, ela atende Susan Burkes, que se mudou há pouco tempo para a cidade com o marido, o filho pequeno e o enteado adolescente. Experiente observadora do comportamento humano, a falsa sensitiva logo enxerga em Susan uma mulher desesperada e planeja tirar vantagem da situação.
No entanto, quando visita a impressionante mansão dos Burke, que Susan acredita ser a causa de seus problemas, e se depara com acontecimentos aterrorizantes, a jovem se convence de que há algo tenebroso à espreita. Agora, ela precisa descobrir onde o mal se esconde, e como escapar dele. Se é que há alguma chance."
Tenho esse e-book há algum tempo, mas...
Bem, li físico. Rs. E... uau!
O primeiro impacto: a naturalidade com a qual a personagem principal fala do seu ofício, afinal, 23.546 punhetas não pode significar que seja ruim no que faz, ela apenas teve uma pequena lesão no pulso. Onde ela trabalha? Mãos Espirituais. Na frente, vidente... Nos fundos, bem, outro serviço. Mas não se engane, não é um livro "hot", não vai além de citar o ofício. Como disse, fala naturalmente. Cresceu aplicando golpes com a mãe, uma caolha. Seu pai? Sumiu. Se alguém era um cretino, era um "Tony".
Sua atual chefe, a Viveca, se apercebe da lesão do punho e que não está sendo possível ela continuar no serviço dos fundos, então, vai até a "Nerd" (apelido):
- Vê coisas? Já teve premonições?
- Não.
(...)
- Nerd, estou tentando ajudar você. - p.15
E Nerd é transferida. Agora ela lê auras... Mas Mike Audley é cliente antigo e, para ele, abre exceção no afazer antigo. Conversam sobre livros, ele empresta uns para ela. Daí o apelido! Ela sabe que não deve ser o nome dele mas não se importa. As conversas e livros importam e o serviço não demora tanto.
Certo dia entra uma cliente para ler a aura. Na verdade, não acredita nisso, apenas está desesperada. Ela trabalha resolvendo problemas, eliminando-os e é uma boa profissional mas não consegue ver solução para o qual enfrenta e isso está acabando com ela. Sua família, além do marido que viaja muito, é composta pelo filho, Jack, e o enteado, Miles. Ela acredita haver algo na casa para a qual eles se mudaram a pouco tempo.
Sugestão. O poder da sugestão. Nerd sempre se utilizou dele, desde criança, e dava o que queriam para tirar vantagem. Uma história triste e longa? Um desculpa rápida que satisfaça o ego da pessoa que praticava a "boa ação"...? Mas a Susan Burke aparece e... Bem, Nerd tenta.
"Ainda assim. Ainda assim, eu também sentia: a casa. Não necessariamente malévola mas... atenta. Podia senti-la me estudando, isso faz sentido? O lugar me sufocava." - p.36
Quem?... Em quem acreditar? Dados podem ser manipulados, pessoas podem interpretar - Nerd sempre o fez. O que realmente ocorre? A autora nos deixa em dúvidas após nos dar dados que deveriam ser verídicos. Quem é o mal? Ele existe?
Nerd fica confusa, eu fico, todos ficamos. O que ocorre/u? O que é? Um conto - "thriller psicológico". Não é à toa que ganhou o prêmio Edgar Award de melhor conto de 2015. A autora o escreveu a pedido do autor George R. R. Martin e o conto foi publicado primeiramente em uma coletânea organizada por ele.
Amei a experiência, embora ainda não saiba o que ocorreu na realidade, já que alternativas foram apresentadas... Rs. E falo mais nada! Rsrs!
Realmente recomendo!
Um abraço,
Carolina.
Nenhum comentário