Editora:
Galera
Publicado em 2018
No. de páginas: 384
“Um romance ainda mais sombrio, intenso e assustadoramente real.
Para proteger o irmão, Sloan foi ao inferno e fez dele seu lar. Ela está presa em um relacionamento com Asa Jackson, um perigoso traficante, e quanto mais os dias passam, mais parece impossível enxergar uma saída. Imersa em uma casa incontrolável que mais parece um quartel general, rodeada por homens que ela teme e sem um minuto de silêncio, também parece impossível encontrar qualquer motivo para se sentir bem. Até Carter surgir em sua vida.
Sloan é a melhor coisa que já aconteceu a Asa. E se você perguntasse ao rapaz, ele diria que também é a melhor coisa que já aconteceu a Sloan. Apesar de a garota não aprovar seu arriscado estilo de vida, Asa faz o que é preciso para permanecer sempre um passo a frente em seu negócio e proteger sua garota. Até Carter surgir em sua vida.
A chegada de Carter pode afetar o frágil equilíbrio que Sloan lutou tanto para conquistar, mas também pode significar sua única saída de uma situação que está ficando insustentável.”
Raiva, ira, inconformidade...
Torcendo
e acreditando no melhor para a Sloan...
Gostei
muito da leitura. Apesar de ter adquirido outros títulos da autora ultimamente,
muito recomendados, este é o primeiro que leio. Logo no início ela colocou uma
nota, falando que escrevia ele e postava gratuitamente em plataforma e foram
pedindo para ela continuar... tomou o gosto e, após o “fim” não conseguia
parar, escrevendo epílogos.
A história é contada alternando os pontos de vista das personagens principais,
o que nos faz entrar em cabeças e corações. Impossível não se envolver.
Sloan
sempre teve uma vida... difícil. Mãe viciada e trocando constantemente de
parceiros, raramente consciente de ter filhos. Devido ao vício, teve gêmeos com
problemas de saúde. Quem cuidava deles era a irmã – sim, a Sloan. Drew morreu
após episódio de epilepsia, quando caiu à noite e bateu a cabeça... por 6 cm!
Ficou o Stephen.
Quando
o auxílio do governo é conseguido para o Stephen, lugar onde ele será cuidado,
assistido... uma novidade para a Sloan: tempo para si. Ela volta a frequentar o
colégio regularmente, ocupa o tempo ao máximo, indo para a biblioteca... para
não ter que chegar cedo em casa. Nunca saiu ou namorou.
E
então, Asa. Ele está em uma das turmas da Sloan e, através daí, se conhecem. O
carro no qual ele anda, as roupas de marca que usa e o modo com o qual olha para
ela, que não entende o porquê dele olhar... E pressente problemas quando ele se aproxima... Ela
nunca saiu com quem fosse e queria se permitir experimentar como seria beijar
aqueles lábios tão confiantes. Para ele, ela é na dela, não se joga como as
outras e, mais tarde, quando sabe que foi o primeiro beijo dela... excita-se –
ela não é o que ele chama (aprendeu com o pai) de vadia (como a mãe dele era
chamada...). Sim, outra família disfuncional! Mas enquanto a Sloan cuidava do
irmão, tem consciência, observa... Ele se tem no centro do universo e acredita
que tudo o que quer, possui, adona.
Narcísico...
Egocêntrico.
Quando
vê a inexperiência dela tira vantagem, acredita-se no direito de revogar para si,
independente de permissão ser concedida. Não entrarei em pormenores porque há
quem não tenha lido mas... ele gosta de ser cruel e, na mente dele, além de não
o ser, é apreciado. Chama sentimento de posse de Amor.
“Eu
só pego leve com a Sloan.”
...
Machista... Calculista...
Capaz
de armar todo um “circo” como armadilha, fingir doença se aproveitando da esquizofrenia
do pai para conseguir brechas no sistema... Saber que há seres INUMANOS como
ele fora do livro me causa náuseas! (Foi muito bem escrito.) Falas revoltantes!
Eis
que no meio do deserto árido surge um pequeno oásis, que provém:
“Não sei nem por que estou chorando. Talvez porque, até este momento, eu não fizesse ideia do que era ser valorizada. Do que era ser respeitada. Até este momento, eu não fazia ideia do que era ser cuidada.Ninguém deveria levar uma vida sem nunca se sentir verdadeiramente cuidado – nem mesmo pelos pais que o criaram. E, no entanto, vivi isso durante vinte anos.” – p.78
O
oásis chama-se Carter/Luke.
E
é ele que faz com que ela reflita sobre a questão acima citada. Ele está lá
como parte da força-tarefa para desmontar o esquema de tráfico no campus da
faculdade, o esquema do Asa. Ele é matriculado na mesma aula de espanhol que a
Sloan está e a afinidade vem logo de cara. Eles brincam, não se conhecem... Até
ele aparecer à noite na casa do Asa e... Sloan não acredita! Ele não aguenta
ver como ela é tratada pelo Asa, que ainda nomeia o que faz de “amor”! E é por
todo o cuidado e respeito que o Carter/Luke tem pela Sloan, o carinho, que ele
nutre, que por vezes desvia do que tinha que fazer, por ela.
Respirar
após tanto tempo prendendo o ar é um alívio!!...
“Você é tudo o que vejo, Sloan.”
Ser
vista.
Enquanto
seu algoz sente prazer em ver que ela sente dor, Luke almeja seu bem estar. Ela
merece ter este último em seu caminho! Ela merece ser vista por quem é e não apenas
“um lugar onde ninguém mais esteve”. (Asa é... aff!)
Já
contei muito e há muito a ser dito!
Leiam
e registrem aqui seus sentimentos, pensamentos...
(Depois
digam o que acharam do final do canalha!)
Um abraço,
Carolina.
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