Autora:
Loretta Chase
Editora:
Arqueiro
Ano
de publicação: 2015
Número de páginas: 288“Sebastian Ballister é o grande e perigoso marquês de Dain, conhecido como lorde Belzebu: um homem com quem nenhuma dama respeitável deseja qualquer tipo de compromisso. Rejeitado pelo pai e humilhado pelos colegas de escola, ele nunca fez sucesso com as mulheres. E, a bem da verdade, está determinado a continuar desfrutando de sua vida depravada e pecadora, livre dos olhares traiçoeiros da conservadora sociedade parisiense. Até que um dia ele conhece Jessica Trent...
Acostumado à repulsa das pessoas, Dain fica confuso ao deparar com aquela mulher tão independente e segura de si. Recém-chegada a Paris, sua única intenção é resgatar o irmão Bertie da má influência do arrogante lorde Belzebu.
Liberal para sua época, Jessica não se deixa abater por escândalos e pelos tabus impostos pela sociedade muito menos pela ameaça do diabo em pessoa. O que nenhum dos dois poderia imaginar é que esse encontro seria capaz de despertar em Dain sentimentos há muito esquecidos. Tampouco que a inteligência e a virilidade dele pudessem desviar Jessica de seu caminho.
Agora, com ambas as reputações na boca dos fofoqueiros e nas mãos dos apostadores, os dois começam um jogo de gato e rato recheado de intrigas, equívocos, armadilhas, paixões e desejos ardentes.”
Apaixonante...
Engraçado...
Envolvente...
Abrasador...
Desde o primeiro encontro da dama (uma femme fatale para ele) e do Belzebu (apelido não atribuído por ela, mas sua fama), em uma loja, fica claro... de ambas as partes...!
Lorde Dain
“...Seu coração começou a bater forte e sua pele ficou arrepiada, levemente suada (...) Quando Jessica ergueu os olhos, um calor feroz, lépido, varreu o copo de lorde Dain, do alto da cabeça à ponta das suas botas lustradas com champanhe, O calor imediatamente deu lugar a um suor frio.” – p.24-5
Srta.Trent
“O corpo dela foi tomado de novo pelo calor lento que sentira alguns momentos antes e do qual ainda não tinha se recuperado por completo.” – p.28 “(...) Uma corrente magnética percorria seus nervos. Contorcia-se e esgueirava-se pelo seu organismo, criando um calor estranho e entorpecente que derretia seu cérebro de maneira impiedosa.” – p.44
Aqui o que interessa é “como se dará o inevitável”! E não se trata apenas de reações e atrações físicas, mas inteligências, embates, línguas ferinas em “engarde" constante, deferindo golpes e soltando faíscas!
A
leitura flui tranquila, fácil, arrancando risos!
A
experiência adquirida pela srta.Trent ao cuidar dos vários primos a ajuda mas,
claro, há mal entendidos. A história do lorde Dain não o deixa perceber...
ausência de precedentes torna difícil identificar... Más interpretações. Atos
impensados.
A
Jessica vai de Londres à França para tentar “arrancar” o irmão das “garras do
lorde demoníaco”, pois este está bebendo em demasia, jogando... arruinando-se
com dívidas! Bertie está “fascinado” pelo Sebastian – ele é um desmiolado –, e
o criado alertou-a quanto a isso. Ela é independente, altiva, não se deixa
intimidar, tem ótimo olhar para “descobertas” e ganha dinheiro com isso.
(Conseguiu que o sr.Champtois, dono da loja na qual conheceu Dain, baixasse o
preço de um objeto de 40 para 10 sous*.)
O
Sebastian inspira medo. Desde o seu nascimento, por motivos diferentes. Foi
posto de lado, sofreu em colégio... até resolver agarrar tudo com as mãos! (E
que mãos grandes, segundo a Jess poderia levantá-la com a penas uma! Rs) Ele
tem assuntos... os quais jamais pensa, fala, sempre mantém fisionomia
impassível, nada a mostrar! – apenas as canalhices, ironias, orgias
com álcool e profissionais contratadas.
As
famas, os muros erguidos, as companhias, o não saber como proceder...
Foi
uma experiência incrível compartilhar os momentos do casal! Uma distração
aprazível! Li vorazmente, as quase 300 páginas “voaram”. Realmente indico. Mas
não olhe muito de perto... Ambos descobrem ser ciumentos e a Jessica já provou:
a) conseguir facilmente se utilizar de arma de fogo; b) ser boa de briga. Quando
ao Sebastian: a) um olhar pode petrificar, embora tenha cachos negros e não
serpentes sobre a cabeça; b) suas mãos não são apenas grandes, mas poderosas e
os braços musculosos!
Ah,
sim, entre intrigas e armações à parte, tentativa de uso de uma criança,
tentativa de roubo...
“Bem, até que o estrago não foi tão grande – disse Dain, após verificar os ferimentos. – Teve sorte por ela não estar armada com uma pistola.”
(Ele
realmente encontrou a cara metade dele!)
Um abraço,
Carolina.
Carolina.
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* unidade
monetária francesa utilizada de 1667 até 1795.
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